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| Foto: Sandro Vox/Folhapress

O corpo do cardeal dom Eugenio Sales está sendo velado no centro da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, no Centro da cidade, desde as 9h desta quarta-feira. Durante a madrugada, o caixão ficou na capela onde foram realizadas as primeiras missas desta manhã. As celebrações, que começaram às 6 horas, ocorrem a cada duas horas.

A última cerimônia de corpo presente será às 15h, ministrada pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta. Depois da missa, o corpo do cardeal será em procissão até a cripta onde ser sepultado, na própria catedral.

É grande o movimento de fieis que querem prestar a última homenagem a dom Eugenio. Nas primeiras missas da manhã, a capela da catedral ficou lotada e, alguns momentos, o público presente assistiu à missa do lado de fora.

Cardeal-arcebispo emérito da Arquidiocese do Rio, dom Eusébio Oscar Scheid foi sucessor de dom Eugenio na cidade e, nesta manhã, esteve na catedral para prestar sua última homenagem ao religioso. Ele lamentou a morte do cardeal, que sofreu um infarto fulminante na noite de segunda-feira.

O velório de dom Eugenio começou na tarde desta terça-feira. O cortejo partiu do Cemitério de Inhaúma, onde o corpo foi embalsamado, passou pela Candelária e chegou à catedral por volta de meio-dia. Ao passar pelo tapete vermelho, o corpo do cardeal foi recebido com aplausos, acompanhados do Hino Nacional, tocado pela banda da Polícia Militar. Uma pomba branca foi solta por um integrante da Cruz Vermelha, em homenagem ao cardeal, e pousou sobre o caixão. A ave permaneceu no santuário até as 18h.

Em nota, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamentou a morte de dom Eugenio. O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, voltou a enfatizar dois aspectos que marcaram muito o trabalho social do arcebispo emérito: o apoio às comunidades carentes e aos refugiados políticos.

"Ele defendeu os direitos humanos. A cada época, ele viveu o seu tempo, buscou soluções para a ditadura e para as questões sociais. Foi um dos brasileiros com mais influência no governo central da igreja."

Em uma das missas celebradas na catedral, o bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio dom Antônio Augusto Dias Duarte ressaltou a importância de dom Eugênio não só como um personagem fundamental da Igreja, um governante, mas como um ser humano que viveu toda a sua vida pensando em servir ao próximo:"Ele foi fiel aos seus talentos, ao que Deus lhe deu. Entendeu que seus dons eram para ser usados para servir aos seus irmãos."

Dia de tristeza e homenagens

O pároco da Catedral Metropolitana, padre Aroldo Ribeiro, enfatizou o caráter missionário do cardeal: "Ele abriu várias frentes de trabalho que até hoje são referência, como a campanha da fraternidade. Era um líder que não media esforços para destacar a igreja e também não abria mão do papel social."

Em nota, a presidente Dilma Rousseff também lamentou a morte do cardeal. Ela ressalta que o arcebispo emérito do Rio de Janeiro "deixa seu nome inscrito na História da Igreja Católica pelo relevante papel que desempenhou em toda sua vida. Em sua trajetória, a preocupação social sempre esteve associada ao trabalho eclesiástico, como bem sintetizam as Campanhas da Fraternidade, uma de suas iniciativas, que marcam a ação da igreja em todo o Brasil. Neste momento de pesar, levo minha solidariedade ao povo do Rio de Janeiro e a todos os admiradores, familiares e amigos de dom Eugenio".

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