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Vários familiares e amigos foram ao Cemitério Água Verde para prestar a última homenagem ao religioso | Daniel Derevecki / Gazeta do Povo
Vários familiares e amigos foram ao Cemitério Água Verde para prestar a última homenagem ao religioso| Foto: Daniel Derevecki / Gazeta do Povo

Vários fiéis acompanharam as missas de despedida para o padre Nilson Brasiliano José

O enterro do corpo do padre Nilson Brasiliano José aconteceu às 17h45 desta segunda-feira (25). O sepultamento estava previsto para as 17h, mas as últimas homenagens ao pároco acabaram atrasando um pouco o enterro. Vários familiares e amigos do padre Nilson foram ao Cemitério Água Verde, em Curitiba, para prestar a última homenagem ao religioso, que foi brutalmente assassinado na noite de sexta-feira (22).

De acordo com Amadeu José de Oliveira, irmão do padre Nilson, cerca de 500 pessoas participaram do enterro, o número, no entanto, pode chegar a mil pessoas, pois havia fiéis de Fazenda Rio Grande, Agudos do Sul, Rio Negro e Curitiba. "Estamos muito abalados com a situação. Foi um crime muito bárbaro, estamos inconformados", afirmou Oliveira. Segundo o irmão do pároco, não havia motivos para o crime. "Foi muita maldade", definiu.

Duas missas foram rezadas em homenagem ao padre nesta segunda-feira. A primeira foi pela manhã, em Agudos do Sul (região metropolitana), na Paróquia Nossa Senhora da Conceição onde exercia o sacerdócio há quatro meses.

Às 15 horas foi realizada a segunda missa em homenagem ao padre. A solenidade aconteceu na Paróquia São Gabriel, em Fazenda Rio Grande (região metropolitana),onde o padre trabalhou por sete anos. O sacerdote foi morto a facadas em Araucária na noite de sexta-feira (22), mas o corpo só foi encontrado no domingo (24).

Apresentação

Os quatro suspeitos de cometerem o crime foram apresentados na tarde desta segunda-feira, na delegacia de Araucária, na região metropolitana de Curitiba. Welito Model Levi, 18 anos, Wilian Fernandes Model Levi, 19, Mauricio Anacleto, 22, e Vanderlei Rodrigues, 25, porém, ficaram quietos e não confessaram o crime. Eles são acusados de latrocínio, roubo seguido de morte.

Mesmo sem a confissão, para o delegado Rubens Recalcati, a polícia tem certeza que os detidos cometeram o assassinato do padre. "O crime está solucionado. Todos (os acusados) são usuários de drogas e o que chamou a atenção foi a violência usada pelos jovens. A faixa de idade deles, de 18 a 25 anos, também é preocupante. Uma rapaziada nova dessas matar por R$ 400, R$ 500...", afirmou o delegado.

O caso

O corpo do pároco foi encontrado somente na manhã de domingo (24), amarrado e abandonado em uma localidade rural, a cerca de 10 quilômetros do centro de Araucária.

Os detidos eram conhecidos do padre. Eles teriam se encontrado no início da tarde de sexta-feira no centro de Araucária e os quatro ganharam uma carona. O padre passou na Caixa Econômica Federal, retirou uma quantia em dinheiro e todos seguiram para uma chácara que o pároco tinha no bairro Costeira.

Na chácara, os acompanhantes do padre - três dos quais já teriam passagem pela polícia por furto de veículos - teriam encontrado uma corda e decidido amarrar Brasiliano, forçando-o a repassar-lhes a senha da conta bancária. Depois colocaram o padre em um veículo pertencente ao padre e seguiram para o banco, onde retiraram R$ 400.

O padre teria sido morto naquela mesma noite e o corpo, coberto de galhos e capim, abandonado em uma encosta íngreme na estrada que liga a BR-476 (Rodovia do Xisto) à localidade rural de Tietê.

Na noite de sábado (23), o carro foi visto em um bairro próximo ao centro de Araucária e, como a polícia já tinha informações do desaparecimento do padre, o vidro foi quebrado para ver se ele não se encontrava dentro do veículo ou do porta-malas. Como não havia ninguém, a Polícia Civil, a Polícia Militar e a Guarda Municipal passaram toda a madrugada percorrendo o município, encontrando o corpo por volta das 7 horas da manhã.

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