Três homens encapuzados teriam invadido o barraco onde Eidt estava e fizeram os disparos

CARREGANDO :)
Veja também
  • Assentado no Fazendinha é executado com 15 tiros
  • Famílias que ocupam calçadas podem ser expulsas a qualquer momento
  • Justiça determina que famílias desocupem calçada no Fazendinha
  • PM retira à força sem-teto de ocupação na Fazendinha
  • Cinegrafista filma momento em que é atingido por disparo da polícia
  • Famílias reconstroem barracos nas proximidades de área desocupada
  • Associação da PM critica Delazari por afastar comandantes
  • Para comandante-geral da PM, afastamentos de oficiais são normais
  • Comandantes da PM são afastados após confronto no Fazendinha

O corpo de Celso Eidt, 38 anos, assassinado com cerca de 15 tiros na noite de quarta-feira (5), no Fazendinha, será enterrado às 10h desta sexta-feira (7), no Cemitério Paroquial Campo Comprido, em Curitiba. Eidt foi morto nas calçadas da Rua João Dembinski, onde famílias estão acampadas desde a reintegração de posse do dia 23 de outubro.

Publicidade

Durante a tarde desta quinta-feira (6), os sem-teto fecharam a Rua Theodoro Locker e pediram justiça pelo homicídio. Com a presença de um carro de som e de diversas organizações de luta pela moradia, os manifestantes trouxeram à rua o corpo de Eidt, que era velado em uma igreja próxima, para a realização de um ato público.

Assassinato

De acordo com os sem-teto e familiares, três homens encapuzados invadiram o barraco onde Eidt estava e fizeram os disparos. A vítima morreu na hora. A Polícia Militar (PM) confirmou a versão dos familiares.

Segundo o irmão do assentado morto, Zeno Eidt, a vítima teria ido buscar água pela manhã no terreno de onde os sem-tetos estavam acampados antes da reintegração de posse. Pela versão da família, Celso Eidt teria sido expulso da propriedade por um segurança sob a mira de uma arma. "Voltaram à noite para terminar o serviço", disse Zeno, que estava ao lado de Celso no momento da execução.

De acordo com a PM, Celso teria passagem pela polícia do Rio Grande do Sul por crime de homicídio. A família da vítima negou. Celso era separado e tinha uma filha de nove anos. A Delegacia de Homicídios investiga o caso.

Publicidade