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A Corregedoria da Polícia Civil vai investigar a ação policial que terminou com um juiz e duas crianças baleadas na noite desta sexta-feira (3), na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá - ligação entre as zonas norte e oeste do Rio. A determinação foi feita hoje pelo chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski "a fim de garantir total isenção na apuração do fato". Turnowski visitou o juiz e as crianças, o filho e a enteada do magistrado, no hospital onde estão internados.

A Polícia Civil confirmou que agentes realizavam blitz na região e que um dos policiais teria feito um disparo para alto. No entanto, segundo o relato da equipe, os tiros no carro do magistrado partiram de outro carro que fugiu da operação. As armas dos policiais que atuaram na blitz foram recolhidas pelo delegado da 41ª DP, onde o caso foi registrado, para perícia.

O juiz trabalhista Marcelo Alexandrino da Costa Santos, de 39 anos, seguia com a mulher, Sanny Lucas, sua enteada, Natália, de 8 anos , e seu filho, Diego, de 11 anos, para uma festa quando ele viu uma blitz da Polícia Civil na autoestrada. Segundo informações da política, ele tentou retornar o carro porque teria achado que seria uma falsa blitz, feita por criminosos. Momentos depois, o carro foi atingido por tiros de fuzil.

Mesmo baleado, ele conseguiu dirigir até o Hospital Cardoso Fontes e os feridos foram atendidos. O garoto teve o pulmão e o fígado perfurados e está internado em estado grave. A menina foi atingida no tórax e teve uma hemorragia. Os dois estão no CTI da unidade. O juiz foi atingido no tórax, operado e transferido para Hospital Pasteur, no Méier (zona norte) com a saúde estabilidade.

A Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região (Amatra1) divulgou nota em que expressou "indignação por mais um episódio de violência na cidade" e que "exige a apuração ágil e rigorosa dos fatos e a punição exemplar dos culpados".

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