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São Paulo – A Centaurus Turismo e Câmbio – uma das casas pelas quais a Polícia Federal suspeita terem passado os dólares da negociação do dossiê contra tucanos – encaminhou ontem à Polícia Federal documentos das cerca de 700 operações de troca de moeda estrangeira realizadas entre agosto e setembro deste ano.

Segundo o advogado da empresa – com sede em Florianópolis (SC) –, Charles Machado, apesar de tantas operações ("o que é normal, levando-se em conta mais de 30 dias"), a maior feita no período não passou de US$ 7 mil – a média está entre US$ 2 mil e US$ 3 mil.

Para a Polícia Federal, Jorge Lorenzetti, apontado como o responsável pela compra do dossiê, teria adquirido US$ 150 mil na Centaurus.

Um dos sócios da Centaurus é Aristoclides Stadler – irmão do segundo-suplente do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), Ari Stadler. Machado diz que ele não é filiado a nenhum partido, mas que o fato mostra que a suspeita de envolvimento da casa de câmbio é infundada. "Imagine o irmão de um pefelista trabalhando para o PT."

Em São Paulo, a PF fez uma busca e apreensão na casa de câmbio Disk Line.

Foram recolhidos todos boletos de venda de dólares entre agosto e setembro deste ano. Também está na mira da PF a Pioneer Corretora de Câmbio. Relatório do Banco Central informa à polícia que as duas corretoras venderam dólares para a Show Bus Viagens entre agosto e setembro. A Show Bus não existe no endereço indicado nos papéis da Pioneer e Diskline.

Fantasma

A polícia suspeita que a Show Bus seria uma empresa fantasma e teria como objetivo a camuflagem das transações com dólares. Pelos dados do BC, a Diskline vendeu US$ 88 mil para a Show Bus entre 29 e 30 de agosto.

A empresa também aparece como compradora de US$ 182,9 mil da Pioneer.

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