Seis árvores do estacionamento do Centro de Comunicação e Artes (Ceca), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), foram abatidas na semana passada por funcionários da prefeitura do campus. O sacrifício das árvores, no entanto, não repercutiu bem entre alunos e funcionários.
O professor Aron Lopes Pedrucci, chefe da diretoria de Projetos, Obras e Manutenção, disse que o corte possibilitará a instalação de 13 postes com lâmpadas de vapor de sódio. Com as novas luminárias, a universidade pretende, ao menos, amenizar os problemas de segurança no pátio, que responde por 32% do total de furtos e arrombamentos de veículos no campus em 2006.
"Recebemos muitas reclamações por conta da falta de segurança no estacionamento. À noite é muito escuro e as pessoas ficam inseguras. Ninguém abate árvores sem precisar, mas o corte era realmente necessário para colocar as luminárias", justificou. Segundo ele, a erradicação foi autorizada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Já auxiliar administrativo Silvana Barbosa da Silva acha que o problema poderia ser resolvido de outra maneira. "Sou contra essa violência. Acho válido colocar novos postes, mas sem acabar com as árvores. Uma boa poda já daria jeito", sugeriu.
O estudante de música Wendel Antunes, calouro da universidade, também reprovou o abate. "Não justifica o corte. A instalação de pequenos postes seria o mais correto, porque iluminaria por debaixo das copas das árvores", recomendou.
Pedrucci informou que somente o corte de galhos, opção que preservaria a vida das árvores, foi descartado pelos profissionais que elaboraram o projeto de iluminação. "A questão da poda foi estudada, mas não seria o suficiente. Para resolver o problema, seria necessária a instalação de uma grande quantidade de postes e isso foi descartado pelo projeto", argumentou. As obras devem ficar prontas em duas semanas.
Professores
Cento e dezoito professores, entre concursados e temporários, foram convocados para o início das aulas na UEL, que começaram ontem. O objetivo é evitar a falta de professores no início do ano letivo. Nem todos, porém, poderão trabalhar de imediato. De acordo com assessoria de imprensa, a universidade solicitou às diretorias de centro possíveis remanejamentos internos para contornar o problema.
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