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A administradora de empresas Luciana Giles da Silva, de 34 anos, já começou a pensar em quais gastos vai ter de cortar para compensar o reajuste de mensalidade dos dois filhos mais velhos, de 15 e 10 anos. Ela e o marido gastaram este ano cerca de R$ 950 por mês com mensalidade escolar, sem contar gastos com transporte, uniforme e material. Vão despender mais R$ 75 mensais com o reajuste. Mãe ainda de um bebê de dois meses e meio, ela imagina ainda o gasto que terá com berçário. "Já de início vamos cortar jantares, cinema e locação de vídeo", prevê.

Luciana não cogita mudar os filhos de escola, porque vê sua opção pela instituição como um investimento. "Educação numa boa escola é fundamental. É uma questão de custo-benefício. Só num caso de perda de emprego cogitaríamos esta opção", avalia.

Por situações de dificuldades financeiras, é comum que as escolas se mostrem mais flexíveis em relação à negociação de mensalidades. "Temos cerca de 200 alunos com algum tipo de desconto. Analisamos caso a caso", informa o diretor-geral do Expoente, Armindo Angerer. Opções como bolsas de ensino são mais comuns em escolas filantrópicas, explica o presidente do Sinepe, José Manoel de Macedo Caron Júnior. "As leigas não têm muita margem para oferecer bolsas, porque não têm isenção de impostos, mas são comuns casos de permuta por produtos e serviços".

Como não há uma regra que limite o reajuste das mensalidade, a orientação para os pais é que confiram a planilha, no caso de suspeitarem de um aumento injustificado. "Caso não concordem com os valores, o mais certo é procurar outras instituições de ensino", informa a advogada do Procon-PR, Marta Favreto Paim. (PK)

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