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Brasília (Folhapress) – A CPI dos Correios aprovou por unanimidade ontem os requerimentos de convocação do publicitário Duda Mendonça, de seus sócios Zilmar Fernandes e Armando Correia Ribeiro e do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo. A votação foi simbólica.

Duda Mendonça terá de explicar à CPI as movimentações de recursos pela conta Dusseldorf, sediada no exterior, e deverá negar a existência de outras contas em seu nome no exterior, como já declarou à Polícia Federal. Dimas Toledo, que deve depor já na próxima semana, deverá falar sobre a lista com 156 nomes de políticos que teriam recebido recursos de caixa 2 da estatal para a campanha de 2002.

Entre eles, estão o prefeito de São Paulo, José Serra, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, integrantes do PSDB, PFL e PTB que integram a CPI dos Correios e parlamentares que compõem o Conselho de Ética da Câmara. Em nota, Dimas já negou a veracidade do documento, cuja cópia chegou à PF.

Disputas

Somente sobre esses dois requerimentos – dos mais polêmicos – há consenso entre os integrantes da CPI. Há outros que deverão ir a voto e gerar disputas entre governo e oposição.

Um deles trata do ex-assessor da Casa Civil e ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno, acusado de interferir em decisões de fundos de pensão. Outro trata da convocação do ex-dono do Banco Santos Edemar Cid Ferreira. Fundos de pensão investiram recursos na instituição financeira às vésperas da intervenção feita pelo Banco Central, o que gerou perdas para essas entidades de previdência.

O deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) afirmou não abrir mão das duas convocações. Petistas criticam a postura do deputado e dizem que sua intenção é atrair as atenções da imprensa. Na opinião desses parlamentares do PT, para investigar as operações desses fundos, bastaria a convocação de diretores do Banco Santos.

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