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Após uma operação que durou 15 meses, 71 pessoas foram presas acusadas de envolvimento com a prática de aborto no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada nesta terça-feira pela chefe da Corregedoria Interna da Polícia Civil, Adriana Mendes, durante sessão da CPI das Clínicas de Aborto da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Em outubro de 2014, 75 mandados de prisão preventiva foram expedidos pela corregediria. Os acusados atuavam em Campo Grande, Bonsucesso, Copacabana, Botafogo, Rocha, Tijuca e Guadalupe. Segundo a polícia, eles chegavam a praticar 10 abortos por dia.

A corregedora contou que o valor cobrado pelo procedimento variava entre R$ 1 mil e R$ 7,5 mil, dependendo da região, da idade da gestante e do tempo de gestação. Segundo informações da corregedoria, somente a clínica de Bonsucesso já havia realizado 2 mil procedimentos, resultando em um lucro de R$ 2 milhões. Após a operação da polícia, o número de denúncias a clínicas diminuiu, de acordo com a delegada. “Temos consciência de que essas organizações criminosas estão desmanteladas em função da prisão e identificação de seus elementos. Por isso, vemos redução nas queixas”, explicou.

Segundo o titular da Delegacia do Consumidor, Gilberto Ribeiro, houve um esvaziamento da venda desses produtos, porque muitos pontos, como a Rua Uruguaiana, foram descobertos e os fornecedores deixaram os locais. No início deste mês, uma equipe do GLOBO flagrou a venda de abortivos em camelôs do Centro do Rio. De acordo com a Alerrj, a CPI pretende convidar para as próximas reuniões representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), para que os médicos possam dizer se os profissionais envolvidos nessas práticas tiveram registros cassados, e da Guarda Municipal, para saber como está a fiscalização da venda de medicamentos abortivos.

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