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Condução

• O acidente entre o avião da Gol e o jato Legacy e a conexão do desastre com a crise do controle de tráfego aéreo – 3 a 29 de maio.

• A ligação entre os problemas de tráfego aéreo registrados nos Cindactas e a infra-estrutura aeroportuária – 30 de maio a 24 de junho.

• A organização e regulação do mercado de aviação civil brasileiro – 15 de junho a 15 de julho e de 28 de julho a 1.º de agosto.

• Os problemas da Infraero – 2 a 27 de agosto.

• Conclusão dos trabalhos e relatório final – 28 de agosto a 11 de setembro.

Brasília – Entre discursos de 25 dos 48 membros, que se estenderam por quatro horas, o comando da CPI do Apagão da Câmara apresentou ontem o roteiro de trabalho para os próximos quatro meses. A idéia do relator Marco Maia (PT-RS) é dividir as investigações em quatro focos, priorizando o acidente com jato Legacy e o Boeing da Gol, há sete meses, e deixando por último as denúncias de corrupção na Infraero. Para a oposição, a proposta irá "esfriar" a condução do inquérito.

Hoje à tarde os titulares começam a votar os primeiros requerimentos. O primeiro a ser ouvido pelos deputados, possivelmente na semana que vem, deve ser o delegado da Polícia Federal, Renato Sayão. Ele é o responsável pelo inquérito sobre o desastre aéreo em Mato Grosso.

O depoimento seguinte deve ser o do coronel Rufino Antônio da Silva Ferreira, que cuida da investigação promovida pela Aeronáutica sobre o caso. Depois, serão convocados os pilotos do Legacy, Jan Paladino e Joe Lepore. E, na seqüência, representantes dos controladores e de parentes e amigos das 154 vítimas do acidente.

"Pelo que percebi, é a ordem de trabalho que a maioria dos membros deseja", justifica Maia. Ele recebeu o apoio do presidente da CPI, Marcelo Castro (PMDB-PI), que discordou da lentidão do processo. "Como dizia o Ulysses Guimarães, estamos em ritmo de samba, em passo acelerado. Só não vê quem não quer."

Segundo o paranaenses Gustavo Fruet (PSDB), principal nome da oposição na comissão, é importante dar "molho" ao processo. "Não podemos cair na morosidade, sob pena de perdermos o crédito da população", declarou. Ele solicitou ao relator petista que peça todas as informações possíveis sobre gastos do governo federal no setor aéreo ao Tribunal de Contas da União e à Controladoria-Geral da União.

Para os oposicionistas, essas informações irão comprovar cortes em recursos, o que teria potencializado a crise. O principal enxugamento estaria no repasse ao Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). O próprio governo petista já teria detectado a necessidade de mais dinheiro para o setor, dentro da Política Nacional de Diretrizes para a Aviação Civil, elaborado em 2003 pelo então ministro José Viegas.

Quem também discordou do roteiro apresentado ontem foi Fernando Gabeira (PV-RJ). Ele sugeriu, em curto prazo, a criação de mecanismos para dar mais conforto aos passageiros nos aeroportos, com a obrigatoriedade de divulgação de informações sobre a situação e horário de vôos. "Não sabemos se vamos conseguir que os aviões saiam no horário, mas temos a obrigação de conseguir que os passageiros saibam que horas eles saem", justificou.

Vice paranaense

A reunião de ontem também serviu para a escolha do paranaense Nelson Meurer (PP) como terceiro vice-presidente da CPI. A segunda vice será a Solange Amaral. O primeiro vice-presidente é Eduardo Cunha (PMDB-RJ), eleito na semana passada.

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