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Brasília (AE e Folhapress) – A CPI dos Correios deve reunir-se na manhã de hoje sobre a ida de um grupo de parlamentares da comissão para os Estados Unidos. O objetivo é investigar informações sobre as contas bancárias no exterior do publicitário Duda Mendonça, marqueteiro da campanha de eleição presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. A decisão pode ser tomada no momento em que os parlamentares queixam-se da falta de colaboração do governo federal com as investigações.

O deputado Eduardo Paes (PSDB- RJ) reclamou do Ministério da Justiça, que não teria repassado dados sobre as contas do publicitário, enviadas à Polícia Federal por autoridades norte-americanas. Ele citou o fato de que várias das informações sobre as contas de Duda estão chegando à imprensa antes de chegarem ao Legislativo. O Ministério da Justiça teria conhecimento dessa conta desde novembro de 2005. "O Ministério da Justiça está agindo de maneira diversionista", atacou o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).

No caso da conta de Duda Mendonça, o depoimento do presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues, foi citado como justificativa para as acusações.

Segundo ele, o Coaf só foi informado – informalmente, diz – da existência das contas na sexta-feira. A essa altura, a reportagem da revista Veja que denunciou o assunto já estava pronta.

A ida dos parlamentares aos Estados Unidos poderia ajudar a esclarecer fatos envolvendo as contas americanas, sem depender do governo federal. Entre os deputados e senadores há ainda o temor de que, mesmo assim, os dados podem vazar – como aconteceu no caso da CPI do Banestado (leia mais ao lado, na entrevista do deputado Gustavo Fruet). À época, havia boatos de que alguns parlamentares estavam chantageando empresários citados nas investigações, sob a ameaça de vazar dados sigilosos para jornais e revistas.

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