Brasília (Folhapress) Os integrantes da CPI dos Correios guardam em segredo a listagem de possíveis beneficiários de recursos desviados dos fundos de pensão e devem dar publicidade ao documento somente no relatório final. Esse relatório deve conter a relação de dez parlamentares envolvidos no esquema.
O primeiro beneficiário a aparecer foi o deputado Nílton Baiano (PP-ES). Um assessor do deputado teria recebido R$ 100 mil. Porém, integrantes da CPI dizem que o valor correto seria R$ 400 mil, utilizado para cobrir gastos na campanha para prefeitura de Vitória.
O documento já está na comissão, segundo relato de três parlamentares. Mas ficará nas mãos do presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), até a véspera da divulgação do relatório final, previsto para 20 de março.
O relator da CPI, Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou que ainda não recebeu o documento com os nomes, nem foi notificado da existência de repasse de recursos de fundos de pensão para Nílton Baiano.
Serraglio disse que se o documento chegar às suas mãos ele incluirá os dados no relatório final. "Se essa lista aparecer, vou colocar no relatório, mas até agora não vi nada."
Como a CPI está a um mês da apresentação do relatório final, nenhum dos envolvidos deve ser convocado ou terá os sigilos bancário e fiscal quebrados. A investigação do assunto passaria, portanto, para o Ministério Público. Os depoimentos marcados para ontem na sub-relatoria de Fundos de Pensão e a reunião administrativa da comissão foram adiados.
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