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Militares Aeronáutica orienta deputados

O presidente da CPI do Apagão Aéreo, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), recebeu ontem orientações da assessoria da Aeronáutica sobre os procedimentos que devem ser adotados na convocação de militares para depor para a comissão. O brigadeiro Átila Maia, chefe da assessoria parlamentar do comando da Aeronáutica, sugeriu que as convocações não sejam feitas diretamente aos militares, mas encaminhadas ao comando da Aeronáutica que "liberaria" os convocados.

O presidente da CPI disse que foram apenas orientações burocráticas. "É uma questão formal, não é restrição (a convocações)", afirmou.

Brasília – Os 48 membros titulares e suplentes da CPI do Apagão Aéreo na Câmara dos Deputados foram convidados a participar de uma visita técnica ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta-2), em Curitiba. A viagem está marcada para o próximo dia 31. Também receberam convites as bancadas federais dos três estados do Sul e de São Paulo.

"Será uma oportunidade para tirar qualquer dúvida", explica o assessor parlamentar da Aeronáutica no Congresso Nacional, brigadeiro Átila Maia. Os deputados sairão de Brasília, em uma aeronave da Força Aérea Brasileira. No Cindacta-2, assistirão a uma palestra sobre o funcionamento e estrutura do centro.

Durante a crise aérea, que começou com o acidente com o Boeing da Gol e a morte de 154 pessoas há sete meses, o Cindacta-2 foi palco de pelo menos três momentos delicados. No dia 19 de outubro do ano passado, os radares do centro ficaram fora de operação por cerca de duas horas. A pane causou o atraso de 97 vôos no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Trinta dias depois, o rompimento de um cabo de fibra ótica, provocado por uma tempestade, tirou novamente os radares do ar. Durante dois dias, mais da metade dos pousos e decolagens do aeroporto sofreu novos atrasos. Por último, em janeiro de 2007, o sistema de rádio-comunicação do centro entrou em pane por mais de duas horas. O problema causou atrasos nos aeroportos do Sul do país, que se refletiram em outros terminais do país, por três dias.

Entre os que já confirmaram presença está o paranaense Gustavo Fruet (PSDB), principal nome da oposição na CPI do Apagão Aéreo. "Será positivo para as investigações", afirma. Além dele, outros três representantes do estado participam da comissão, todos da base governista: os titulares André Vargas (PT) e Nélson Meurer (PP), além do suplente Rodrigo da Rocha Loures (PMDB).

A CPI foi instalada na semana passada e começa os trabalhos efetivos hoje, às 11 horas. Serão votados os primeiros requerimentos de informações e convocações. Depois, haverá a eleição para 2.º e 3.º vice-presidentes.

Na semana passada, houve a escolha do presidente Marcelo Castro (PMDB-PI) e do relator Marco Maia (PT-RS), ambos da base governista.

Entre os pontos polêmicos que devem ser debatidos, está a proposta do deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG), que quer chamar o astronauta Marcos Pontes para depor.

A justificativa, segundo ele, seria o fato de Pontes ser mais uma vítima do caos nos aeroportos.

Amanhã, fora da CPI, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional promove audiência pública com o secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, general-de-exército Maynard Marques de Santa Rosa. Ele prestará esclarecimentos sobre a desmilitarização do setor aéreo.

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