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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados sobre o Tráfico de Pessoas aprovou nesta terça-feira (23) a visita de membros da investigação a 26 cidades do Paraná que tiveram casos de adoções intermediadas pela ONG Limiar. O pedido foi apresentado pelo deputado Fernando Francischini (PEN-PR), vice-presidente da CPI, que fez ainda outros dois pedidos à comissão.

Em um segundo requerimento foi aprovado a solicitação de depoimento da ex-funcionária da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República Patrícia Lamego de Teixeira Soares. Francischini alegou que em e-mails encontrados na casa de Audelino de Souza, apontado como representante da Limiar e um dos principais suspeitos de cometer irregularidades nas adoções, foram encontradas manifestações que comemoravam a demissão de Patrícia.

Além de Patrícia, a CPI deve ouvir ainda a filha mais velha de um casal de São João do Triunfo que teve sete filhos adotados por casais americanos. Francischini disse que em uma recente visita ao Brasil, a menina adotada fez relatos sobre os procedimentos adotados pela ONG Limiar e de que seus irmãos, também adotados, estariam sofrendo abusos pela família que os adotou.

Outros requerimentos

O deputado Luiz Couto (PT-PE) aprovou na CPI outros requerimentos de informações. Os pedidos envolvem a solicitação de investigações das adoções pelo Ministério Público e também que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) cheque a atuação da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) nos processos.

Investigação

A investigação apura a suspeita de a organização ter intermediado adoções internacionais irregulares entre 1999 e 2012. Há suspeita de ilegalidade em 355 casos de adoção de crianças paranaenses e catarinenses, ocorridas em 26 cidades do Paraná e seis em Santa Catarina.

No último dia 18 de abril, uma audiência foi realizada na Assembleia Legislativa do Paraná. Na ocasião, foram ouvidos várias pessoas que são citadas nas investigações, entre elas Adelino de Souza, apontado como representante da ong Limiar no Brasil. Ele negou irregularidades nos processos de adoção e também disse não ter recebido dinheiro em troca das crianças.

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