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O trabalho da CPI ajudou na mobilização de parlamentares para a aprovação da lei que cria o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos. O Ministério da Justiça já mantém a Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos (Redesap), mas os dados são incompletos. A lei estabelece a formação de convênios entre o Ministério e as secretarias estaduais de Segurança Pública para a alimentação de um banco de dados preciso.

A comissão também pressionou, ao lado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela entrada da Polícia Federal na investigação do sumiço de seis jovens em Luziânia (GO). Os rapazes entre 13 e 19 anos moravam no mesmo bairro da periferia da cidade e desapareceram entre 30 de dezembro e 22 de janeiro. A principal hipótese é de que tenham sido vítimas de tráfico de órgãos humanos. "A PF está acompanhando as investigações, mas está tudo parado. Uma demonstração da inépcia da polícia para lidar com esses casos", protesta a deputada Bel Mesquita, presidente da CPI.

Desde sua instauração, em agosto de 2009, a comissão ouviu 70 pessoas, entre pesquisadores, mães de filhos desaparecidos, secretários de estado e ministros, e realizou 28 audiências públicas, em sete estados. Até agora a CPI constatou que a maioria dos desaparecimentos se deve a fugas – muitas motivadas por maus-tratos em casa.

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