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Os 606 casos suspeitos de caxumba registrados no estado, desde início do ano até esta terça-feira, já superam o total de notificações de janeiro a dezembro de 2014 (561 casos). Segundo a Secretaria estadual de Saúde, foram identificados 66 surtos em localidades específicas nos municípios do Rio, de Nova Iguaçu e de Niterói. O surto é caracterizado pelo aumento de casos, acima da média registrada, num determinado período de tempo e em local concentrado (como uma creche, bairro ou condomínio). Apesar do aumento das notificações, a secretaria garante que não há evidência de epidemia da doença no estado.

O Superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, disse que todos estes registros estão sendo analisados e aguardam os resultados laboratoriais para conclusão do processo de investigação.

Saiba mais

A doença

Caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas parótida e que se manifesta principalmente em crianças e adolescentes durante o inverno.

Transmissão

A caxumba se espalha de uma pessoa para outra por meio de saliva infectada. O período de incubação varia de 14 a 25 dias. Uma vez infectada, a pessoa adquire imunidade contra a doença.

Sintomas

Inchaço no pescoço, dor embaixo da mandíbula e ao engolir, febre e dores musculares.

Tratamento

Não há tratamento específico para caxumba. A medicação é sintomática. Pode ocorrer complicações como a orquite (inflamação nos testículos), pancreatite e raramente meningite e encefalite.

Vacina

Aos 12 meses e 15 meses com a vacina Tríplice viral (Sarampo, Caxumba, Rubéola), O reforço da dose deve ser dado entre os 4 e os 6 anos.

“Estamos investigando se há alguma falha vacinal, embora saibamos que nenhuma vacina tem 100% de eficácia. A caxumba é uma doença de transmissão respiratória de pessoa para pessoa. É uma doença benigna e com cura espontânea, mas alguns casos podem ter complicações graves como a orquite (é uma inflamação nos testículos), a meningite e a pneumonia. Uma recomendação geral é que as pessoas lavem as mãos com frequência”, disse Chieppe.

Casos de caxumba ocorridos em escolas do Rio têm causado preocupação em pais. Na terça-feira (7)|, o Colégio Andrews, no Humaitá, enviou circular às famílias comunicando a ocorrência de seis casos na unidade. As notificações da doença também levaram o PH, unidade Barra, a orientar os estudantes a buscarem ajuda no posto de saúde da região. A unidade teve 44 casos de caxumba registrados.

Juliana de Freitas Guedes, de 14 anos, aluna do 1º ano do ensino médio do PH, morreu na terça-feira (7) de encefalite. Por meio de nota, a escola esclareceu que não houve qualquer sintomatologia que relacionasse o caso da aluna com a caxumba. Ainda não saiu o resultado do exame com sorologia para detectar a doença.

O Colégio Santo Inácio, em Botafogo, registrou em torno de 10 casos de caxumba desde abril.

O secretario municipal de Saúde Daniel Soranz disse que há na cidade surtos da doença localizados na Zona Sul, Centro e Barra da Tijuca. Ele tranquiliza a população informando que não há uma epidemia. A secretaria municipal de Saúde informou que desde o início do ano até esta quarta-feira foram registrados cerca de 600 casos da doença no município. Em 2014, foram entorno de 500 casos. De acordo com Soranz, a maioria dos infectados tem entre 10 e 19 anos.

“As pessoas não precisam ficar nervosas, mas recomendamos que todos devem verificar a situação vacinal, principalmente as pessoas que vão viajar para fora do país. Quem não for vacinado pode procurar um dos 130 centros municipais e 74 clínicas da família da cidade”, alerta o secretário.

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