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Uma criança de 11 anos, que comemorou aniversário dois dias atrás, foi baleada e morta no início da tarde desta sexta-feira (3) em Florestópolis, Norte do Paraná, enquanto estava no portão de casa. Dois homens trocavam tiros na rua e uma das balas atingiu o garoto Bruno Luduino, que chegou a ser encaminhada ao Hospital Municipal Santa Branca, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A mãe dele, Solange Liduino, passou algumas horas em observação, em estado de choque.

O comerciante Edson Carlos Ortega, que tem uma padaria na mesma rua onde morava o menino, contou que ouviu disparos de arma de fogo enquanto estava almoçando. "Tudo começou um quarteirão para baixo", lembrou. De acordo com ele, dois homens, um conhecido como Elton e outro conhecido como Jiló, estavam brigando, trocando tiros um com o outro. "A briga mesmo começou ontem [quinta]", disse.

Segundo Ortega, um tentou matar o outro na noite de quinta-feira (2). "Mas não conseguiram", afirmou, referindo-se a uma espécie de "acerto de contas" entre os dois. Enquanto Elton e Jiló trocavam tiros na rua, o garoto Bruno brincava no portão de casa. "E a bala perdida acertou o menino na boca", contou o comerciante. Ortega disse que saiu correndo e encontrou o garoto caído no chão. "Na hora pensei que era meu filho. Peguei o menino no colo para levar ao hospital e já tinha um carro com a porta aberta."

Na hora em que segurou o colega do filho no colo, Ortega percebeu que o menino tinha ferimentos graves. "Não sou médico nem enfermeiro, mas ele estava sangrando muito. Notei que o olho dele estava querendo virar", recordou. O vizinho levou a criança ao hospital antes mesmo que a ambulância tivesse chegado.

Bruno chegou com vida ao hospital e deu entrada na unidade às 13h10, segundo a enfermeira chefe, Ana Paula Oliveira. De acordo com ela, a criança foi entubada e imediatamente colocada na ambulância para ser transferida a Londrina.

A mãe de Bruno, Solange, acompanhou a viagem, mas tiveram de retornar no caminho, porque o menino não resistiu aos ferimentos e morreu dentro da ambulância. Em estado de choque, a mãe dele precisou ser medicada por pressão alta, e passou algumas horas em observação no hospital, sendo liberada por volta das 16 horas. De acordo com a enfermeira, a família toda está em estado de choque. "Até nós estamos arrasados, porque conhecemos a família."

Elton

Durante o tiroteio, no qual participaram outras pessoas também, Elton chegou a ser baleado nas costas. "Ele correu se esconder no banheiro de casa. Depois que eu fui socorrer o menino, convencemos ele a ir ao hospital. Eu levei ele no hospital", afirmou o comerciante Edson Carlos Ortega. Sem saber quem era, a enfermeira Ana Paula Oliveira confirmou que um baleado nas costas deu entrada na unidade. Segundo ela, o rapaz foi transferido para Porecatu.

Jiló teria fugido. O capitão Celso Andrade afirmou que, por volta das 17 horas, dois homens haviam sido presos: um baleado no rim, encaminhado para Londrina, e outro baleado de raspão na cabeça, que já estava detido na delegacia. Ele não soube dizer o nome dos suspeitos. "O pessoal está na correria [para encontrar os bandidos]."

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