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O menino que vivia em Campo Mourão (na região Centro-oeste do estado) com o treinador de futsal acusado de pedofilia passará por exames para confirmar se sofreu violência sexual. A confirmação foi dada na manhã desta quarta-feira (11) pelo delegado-chefe da 16ª Subdivisão Policial, José Aparecido Jacovós. O garoto de 11 anos não é filho do suspeito, no entanto, está registrado no nome dele. "A criança já estava morando com ele há três anos. O menino é filho de mãe solteira, de família pobre e era criado pela avó, antes de ir morar com o acusado", informou Jacovós.

Como a avó do menino já morreu, a polícia entregou a criança aos cuidados da mãe. Ela relatou aos policiais que sua família foi enganada pelo acusado e que tentou recuperar o filho, mas que teria sido impedida pelo homem.

Mesmo isolado, acusado é ameaçado por outros presos

Acusado de ter abusado sexualmente de algumas crianças, o treinador de futsal está mantido em uma cela isolada na delegacia de Campo Mourão desde o último dia 27. Mesmo assim, o delegado confirmou que ele vem sendo hostilizado pelos demais detentos.

Segundo informações da Polícia Civil, o acusado de 30 anos é um estudante de Educação Física e dava treinos de futsal em uma escola municipal da cidade, apesar de não ser servidor público e de não ter ligação com a instituição de ensino. As investigações sobre o caso começaram após denúncia feita pela mãe de um dos alunos.

"A mulher relatou que o filho não queria mais ir para a escola enquanto o professor estivesse lá. Ela quis saber o motivo e o garoto relatou que o treinador teria mexido nele", explicou Jacovós. Após a prisão preventiva do acusado, outras cinco famílias de alunos que também frequentavam os treinos de futsal denunciaram o professor pela prática de atos libidinosos. "As denúncias apresentam consistência e nós temos fortes indícios de abuso", ressaltou o delegado.

Segundo a polícia, ele se aproximava das famílias para gerar confiança. "Além disso, oferecia presentes para as crianças como chuteiras personalizadas, bolas, e chamava os garotos para torneios de vídeo game em sua residência", afirmou Jacovós. Exames também comprovarão se os meninos mantiveram relações sexuais com o professor.

As demais crianças que treinavam futsal com o acusado devem ser ouvidas nos próximos dias. A polícia ainda deve pedir a prorrogação da prisão preventiva do acusado até o fim do processo.

O professor que dava treinos há cerca de dois anos nega as acusações feitas pelas vítimas. Se condenado, o treinador responderá pelos crimes de estupro de vulnerável e falsidade documental, podendo pegar de 10 até 20 anos de prisão.

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