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| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

Falecimento

Ponta Grossa registra mais um óbito causado pelo vírus H1N1

Maria Gizele da Silva, da sucursal, e Rafaela Bortolin

A Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, divulgou ontem que foi confirmada a segunda morte por gripe A no município neste ano. Um homem de 55 anos, que estava internado com um quadro agudo de pneumonia, faleceu na semana passada.

Os exames confirmaram na última sexta-feira a presença do vírus H1N1. O caso não consta no relatório publicado ontem pela Sesa porque ainda deve ser analisado pela secretaria. Caso seja realmente confirmada a doença como causa da morte, ela vai entrar no boletim da próxima semana.

Em Ponta Grossa, outras 11 pessoas estão internadas com suspeita de gripe A, cinco delas em unidades de terapia intensiva (UTI). A Vigilância Epidemiológica monitora o estado de saúde de 654 pessoas no município. Elas estão com suspeita de terem contraído o vírus, mas se recuperam em suas casas.

Tira-dúvidas

Saiba mais sobre a imunização de crianças contra a gripe A no Paraná:

Quem pode tomar?

Qualquer criança entre 2 e 4 anos. Somente aquelas que estão com febre ou com sintomas de gripe (febre alta, dor de cabeça, cansaço excessivo, tosse e dores pelo corpo) não devem receber a vacina. O ideal é que a criança não tenha tomado nenhuma outra vacina nos últimos 15 dias para garantir a imunização.

Onde estão sendo aplicadas as vacinas?

Em Curitiba, em qualquer unidade de saúde da rede municipal, no horário normal de atendimento (para ver o endereço de cada uma delas, basta acessar o site da prefeitura). Não se esqueça de levar a carteira de vacinação da criança, mas fique atento: os CMMUS não fazem esse trabalho. Nas cidades do interior, cada secretaria municipal ficou responsável por definir um cronograma e os locais de vacinação.

Até quando?

Não há uma previsão de quando será encerrada a campanha para crianças. Em princípio, enquanto houver doses disponíveis, deve ser feita a aplicação, mas é importante que os pais não deixem para a última hora para que a imunização seja feita o quanto antes.

Imunização

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Começou ontem a vacinação de crianças entre 2 e 4 anos de idade contra a gripe A (H1N1) na capital paranaense. Segundo a Secretaria de Saúde de Curitiba (SMC), só na capital a meta é que 70 mil pessoas nessa faixa etária sejam vacinadas. O número de casos da doença no Paraná aumentou 18,2% na última semana. Segundo o novo boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado nesta segunda-feira, o estado registrou 139 novos casos e duas outras mortes em decorrência da gripe A entre os dias 14 e 20 de julho. No total, o Paraná já contabiliza 899 ocorrências e 25 óbitos provocados pela doença.

Em Curitiba, por enquanto, as unidades de saúde estão trabalhando com as doses do estoque que restou do período de imunização dos grupos definidos pelo Ministério da Saúde – idosos, crianças até 2 anos e profissionais de saúde. A assessoria de imprensa confirmou que há doses para todas as crianças na nova faixa etária selecionada, já que, com a liberação de 400 mil novos lotes de imunização para o Paraná na próxima quinta-feira (feita pelo Ministério da Saúde) será possível cobrir todos os grupos de risco.

Ontem, a Sesa confirmou que a vacinação desse novo público será estendida para todas as cidades do interior. O cronograma com as datas e os locais de aplicação das vacinas deve ser divulgado pelas secretarias municipais nos próximos dias. "Estamos priorizando esse grupo porque é uma parte vulnerável à doença e em quem as complicações tendem a inspirar muito mais cuidado", diz o superintendente de Vigilância em Saúde da Sesa, Sezifredo Paz. Por enquanto, não há prazo para o encerramento da vacinação.

Ele esclarece que, neste ano, outros grupos não devem ser beneficiados pelas vacinas na rede pública. "Com essa ampliação para o público entre 2 e 5 anos incompletos, encerramos a questão da vacina para este ano. Mas pretendemos rediscutir isso com o Ministério da Saúde no ano que vem, para conseguirmos mais doses e atingirmos outros grupos", diz.

Casos

Segundo Paz, com 139 novos casos e duas mortes registradas no estado na última semana, o Paraná teve um aumento pequeno em relação à semana anterior. "Isso indica uma tendência de queda nos registros, inclusive no número de mortes, o que esperamos que se mantenha nos próximos boletins."

Ele atribui o menor crescimento à conscientização das pessoas quanto aos cuidados de prevenção, ao aumento do público-alvo que está recebendo as vacinas e à aplicação imediata do medicamento Tamiflu nos casos suspeitos da doença, o que agiliza o tratamento e evita complicações.

Sobre as mortes, Paz explica que elas dizem respeito a dois moradores da Região Metropolitana de Curitiba – uma em Almirante Tamandaré e outra em Araucária –, mas que os pacientes já tinham doenças pré-existentes que potencializaram a evolução da doença. "Um deles tinha tuberculose e DPOC [Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica] e o outro era portador de imunodeficiência."

Para o superintendente, mesmo com a diminuição no número de novos registros, é importante que a população não se descuide e continue mantendo hábitos de prevenção, como preferir ambientes arejados, lavar bem as mãos e fazer uso de álcool gel. "Além da H1N1, temos a gripe sazonal, que também pode causar óbito. Nesse ano, já foram 402 casos e seis mortes por causa dela."

Tranquilidade no 1. º dia da vacina

O balanço final do primeiro dia de imunização das crianças em Curitiba deve sair hoje, mas as unidades de saúde da cidade não registraram problemas nos atendimentos realizados ontem. A médica Ligiana Maffini, autoridade sanitária da unidade Mãe Curitibana, confirmou que o movimento aumentou, mas as filas ficaram pequenas e a espera não passava de 15 minutos. Até o meio da tarde, 65 doses tinham sido aplicadas na unidade. Um dos imunizados foi Felipe Jesmiel Leite, de 3 anos (foto). O pai, Jesmiel Leite, disse que a sogra escutou na tevê que as vacinas já estavam disponíveis.

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