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Crianças de Bituruna, no Sudeste do Paraná, estão arriscando a saúde e deixando de ir à escola para trabalhar em carvoarias nos assentamentos do MST. Segundo reportagem do Paraná TV desta terça-feira (8), o trabalho infantil nos assentamentos seria uma prática comum.

O jornal trouxe imagens de crianças trabalhando em carvoarias, que é a principal fonte de renda para cerca de 700 famílias da região. É o caso de Maria Madalena Ribeiro que, sem ajuda do marido, depende do trabalho de seu filho para ajudar a manter a família.

Segundo a chefe do IAP na região, Beatriz Woel, a exploração da área e os fornos de carvão estão funcionando de forma irregular, mas IAP não pode fiscalizar a região sem que antes o Incra faça o licenciamento da área. E o responsável pelo Incra disse que isso ainda não foi feito por falta de funcionários.

O representante do MST na região, José Pereira dos Santos, afirmou que a produção de carvão foi a alternativa de renda que as famílias encontraram para trabalhar. O Governo Federal liberou recursos para o trabalho na agricultura, mas nos últimos dois anos, ainda segundo Santos, a seca teria obrigado as famílias a buscar outra atividade.

O Conselho Tutelar de Bituruna informou que nunca recebeu denúncias sobre trabalho infantil nos assentamentos e prometeu acionar o Ministério Público ainda nesta terça-feira (8). A promotora Margareth de Carvalho, responsável pelo Núcleo de Combate ao Trabalho Infantil do Ministério Público, disse que será instaurado um procedimento investigatório para apurar a situação.

Veja como funciona o trabalho de crianças nas carvoarias na reportagem em vídeo do Paraná TV

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