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Histórico - Talento de paranaenses é reconhecido

Os cursos de Engenharia Mecânica do Paraná não têm uma disciplina específica que forneça conhecimentos em aviação. Todas as informações, dados para cálculos e subsídios teóricos para o desenvolvimento dos projetos realizados pelos estudantes são conseguidos com muito esforço, pesquisa e conversa com profissionais mais experientes. Eles dividem o tempo livre, e as noites em claro, entre os trabalhos fa universidade e a construção dos aeromodelos.

Os estudantes paranaenses participam do concurso desde a primeira edição, em 1999, quando alunos do Cefet (atual UTFPR) ficaram em 4.º lugar. "Mesmo não tendo formação específica em Aeronáutica, as equipes paranaenses estão em constante melhoria, demonstrando que com muita dedicação e trabalho conseguem-se ótimos resultados", comenta Gilberto Becker, da diretori- técnica da competição.

Quatro equipes paranaenses participam de uma competição internacional nesta semana: elas estão sendo desafiadas a fazer aeromodelos que não apenas voem como sejam capazes de carregar 3,5 quilos de carga. Os estudantes são parte dos 73 times que estão em São José dos Campos, em São Paulo, para a 9.ª Competição SAE Brasil de AeroDesign.

De hoje até domingo, os aviões passarão por uma bateria de avaliações nas competições de projeto e de vôo. As três equipes que conseguirem maior pontuação serão classificadas para representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition 2008, nos Estados Unidos.

A equipe Anhangüera representa na competição a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Com R$ 600, o time construiu um aeromodelo feito com madeira balsa, fibra de vidro e isopor. "O grande desafio é a veracidade dos cálculos. Fazer o avião funcionar como foi projetado", diz Emerson Katsumi Onishi, capitão da equipe. A experiência pode somar pontos para o futuro profissional destes estudantes. "Agora temos mais conhecimento do que tínhamos inicialmente só com a universidade. Pessoalmente, passei a considerar a possibilidade de trabalhar na Embraer."

Capitã

A estudante Cláudia Bastchen foi uma das quatro mulheres aprovadas, entre 80 homens, no curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário Positivo. As mulheres continuam e 50 homens já desistiram.

Cláudia desafia o preconceito e é a única integrante do sexo feminino da equipe Aurora. A capitã do grupo explica que o modelo desenvolvido pela equipe é padrão e que o segredo do sucesso está na elaboração dos cálculos. "Usamos materiais leves como a madeira balsa, compensados e fibra de carbono e capacidade de transportar até 10,8 quilos."

UFPR

A equipe Fênix, da Universidade Federal do Paraná, preparou um compartimento de carga com capacidade para 3,5 quilos. "Aprimoramos o modelo do ano passado e o resultado final foi bem diferente. Aprendemos muita coisa sozinhos", diz Roberson Roberto Parizotto.

Já equipe X-Gooze, também da UFPR, criou um modelo considerado comum, mas que apresenta um grande diferencial. "O comando de subida e descida está na frente, na asa principal", explica o capitão da equipe, Gustavo Coutinho Carvalho Lemos.

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