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Segundo o procurador da República Vladimir Aras, integrante da Força-Tarefa das Contas CC5, o governo perdeu tributos em conseqüência da remessa ilegal de dinheiro para os estados Unidos entre 1996 e 2004. "É prejuízo a longo prazo. Os crimes de lavagem de dinheiro, fiscais e financeiros abalam as divisas do país", disse. Aras lembrou ainda que além dos tributos que estão sendo lançados pela Receita Federal (RF), as denúncias feitas pelo Ministério Público Federal podem gerar pesadas multas, além das condenações.

Segundo a delegada Érica Maliak Marena, da Polícia Federal, as pessoas procuram doleiros para fazer operações ilegais porque a origem do dinheiro não é lícita – corrupção, caixa-dois e outros crimes. "Os 122 bilhões de dólares representam um Brasil colocado de forma ilegal lá fora", comparou.

De acordo com o setor de fiscalização da RF, a cada operação de importação, por exemplo, as empresas pagam vários impostos ao fazer a remessa de divisas, como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e ICMS (Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) vinculados à importação, além de PIS e Cofins. De forma genérica, o IPI oscila de 1% a 100% nas importações. Já nas operações de remessa de lucro, a alíquota do imposto de renda é de 15%. Nas remessas ilegais, nenhum imposto é pago.

Normalmente, quando um profissional liberal manda dinheiro por doleiro para o exterior, ele já deixou de recolher o Imposto de Renda (IR) na Fonte, além de outros tributos, inclusive o IR sobre a remessa. (JNB)

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