A Justiça Federal obrigou nesta sexta-feira (27) o Conselho Regional de Medicina de Minas (CRM-MG) a conceder o registro profissional a médicos estrangeiros do Programa Mais Médicos. Conforme decisão, o órgão está sujeito a multa diária de R$ 10 mil, em caso de descumprimento.
A ordem é considerada a mais dura desde que o Ministério da Saúde decidiu "importar" profissionais, a maioria cubana, abrindo uma guerra com os conselhos de medicina. O pedido à Justiça foi feito pelo governo.
A decisão, do juiz federal João Batista Ribeiro, da 5.ª Vara Cível de Belo Horizonte, vale para pedidos de registro cujo prazo de 15 dias para apreciação já esteja vencido, além dos que vierem a ser apresentados.
Segundo o Ministério da Saúde, em Minas, 31 dos 41 pedidos estavam nessa situação até ontem. "Todos os profissionais já estão nos 31 municípios atendidos pelo programa, sem autorização para trabalhar", informou a pasta, em nota.
Em sua decisão, o juiz escreveu que a resistência apresentada pelo CRM-MG "resvala na prática de improbidade administrativa e, além disso, caracteriza, em tese, o delito de prevaricação". Segundo ele, as exigências formuladas pelo órgão só têm por finalidade "retardar o início do programa em decorrência dessa disputa infrutífera travada com a União, em que os perdedores serão as camadas menos favorecidas da população". Procurado, o CRM-MG informou que só vai se pronunciar depois de notificado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
-
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
-
“A ditadura está escancarada”: nossos colunistas comentam relatório americano sobre TSE e Moraes
-
Jim Jordan: quem é campeão de luta livre que chamou Moraes para a briga
-
Aos poucos, imprensa alinhada ao regime percebe a fria em que se meteu; assista ao Em Alta
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião