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No momento em que você está lendo esta reportagem, é bem provável que muitos dos seus conhecidos estejam se esfalfando com os ovos de chocolate. A tradição da Páscoa diverte a criançada e é uma bela desculpa para os chocólatras de plantão se entregarem com menos culpa ao "vício". Tudo muito bacana, mas é preciso um pouco de cuidado para que a festa não vire problema médico.

O chocolate é uma fonte de reserva energética para o corpo, possui um alto teor de gorduras e açúcares, substâncias que em excesso podem prejudicar a saúde. O exagero do consumo pode causar indisposições que atingem o estômago e intestino, problemas dermatológicos, odontológicos e aumento de peso.

Mas o que é consumo excessivo? O médico pediatra Carlos Eduardo Gubert é taxativo: "Crianças de até 2 anos não devem comer chocolate. Ele é de difícil digestão e pode desenvolver alguma alergia". A partir dos 4 anos (adolescentes e adultos incluídos), a dose recomendada é de 30 a 50 gramas por dia. Acima disso, o risco de aparecer problema aumenta. Dos 2 aos 4 anos, a dose deve ser um pouco menor que os 30 gramas. "É um alimento gostoso, mas precisa ser consumido com moderação", diz Gubert. Então, o negócio é fazer com que os ovos sejam consumidos ao longo de vários dias.

"Por ser altamente calórico, o chocolate pode acarretar aumento de peso. Além disso, deve-se tomar cuidado para não consumi-lo em substituição a alimentos saudáveis, porque aí podem faltar nutrientes necessários", alerta o professor de Nutrição da Universidade Federal do Paraná, Dalton Luiz Schiessel. Cem gramas de chocolate têm em média 390 calorias – um pesadelo para quem tem de controlar o peso.

"O excesso de chocolate pode provocar os mesmos sintomas de uma gastroenterite comum", diz a médica infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) , Marta Francisca de Fátima Fragoso. Esses sintomas são: diarréia, vômitos e dores abdominais.

Como há vários cuidados a serem tomados, os pais têm um papel fundamental em controlar o consumo de chocolate dos filhos pequenos. Além de barrar o consumo excessivo, é preciso prestar atenção na qualidade do produto. "Tem de tomar cuidado para que o chocolate não tenha nenhum tipo de contaminação", diz o presidente da Sociedade Paranaense de Gastroenterologia e Nutrição, Antônio Carlos Campos. Deve-se verificar principalmente a procedência do chocolate, se foi utilizado na sua composição leite pasteurizado e se não há violação da embalagem.

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