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O lobista Fernando “Baiano” Soares, apontado como operador de propinas do PMDB, afirmou à Procuradoria-Geral da República, em delação premiada, que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu propina em forma de doação eleitoral para o partido. As declarações foram prestadas no dia 10 de setembro de 2015 e agora juntadas a pedido de novo inquérito contra Cunha, encaminha pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A sugestão do peemedebista teria sido feita em 2012, ano das eleições municipais. Segundo o delator, o lobista Julio Camargo estava atrasando o pagamento de propina sobre contrato do navio-sonda Vitória 10000, da Petrobras. Camargo atuava como representante de multinacionais perante a Petrobras. Ele escancarou o capítulo relativo à propina do presidente da Câmara.

“Julio Camargo começou a dizer que estava tendo dificuldade para disponibilizar dinheiro em espécie para pagar Eduardo Cunha; que, então, o depoente [Fernando Baiano] sugeriu que Julio Camargo fizesse uma doação oficial para Eduardo Cunha ou para o PMDB; que esta ideia em verdade partiu do próprio Eduardo Cunha”, afirmou Baiano.

Cunha já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção e lavagem de dinheiro. O presidente da Câmara defende enfaticamente o modelo de doação de empresas a campanhas políticas. Baiano foi condenado a 16 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro do esquema Petrobras.

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