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A comunidade polonesa está preocupada com o ataque de cupins que está corroendo as casas de madeira do Bosque do Papa, no Centro Cívico, em Curitiba. Os insetos estão atacando as paredes das construções e as infiltrações pioram ainda mais a situação. A falta de manutenção já compromete a estrutura de algumas casas, que estão com os telhados fora de prumo e com fendas surgindo entre as toras que formam as paredes. A Fundação Cultural de Curitiba, responsável pela conservação do Memorial da Imigração Polonesa, informou, por meio de nota oficial, que não há previsão de quando o problema de cupins nas casas do bosque será resolvido.

"Se não se fizer alguma coisa, as casas vão cair, vêm tudo a baixo", reclama a coordenadora da Associação Brasil-Polônia (Abraspol), Danuta Abreu. Segundo ela, todas as casas do memorial passaram por uma restauração há cerca de cinco anos, mas desde então não houve trabalho de conservação. "Essas casas resistiram mais de cem anos nas colônias e, agora, correm o risco de serem perdidas", diz.

O Memorial da Imigração Polonesa está instalado nas clareiras do Bosque do Papa. São sete casas construídas pelos poloneses, com troncos de pinheiros encaixados, trazidas de cidades próximas a Curitiba. Elas reconstituem a vida dos imigrantes, que chegaram à região por volta de 1871. O memorial foi inaugurado em 13 de dezembro de 1980, após a visita do Papa João Paulo II a Curitiba. No início, a comunidade polonesa fazia toda a manutenção do parque, limpando e conservando as casas.

O memorial passou a fazer parte do patrimônio da cidade e a Fundação Cultural de Curitiba assumiu a manutenção do conjunto. No primeiro semestre, foi feito um levantamento dos problemas na estrutura física de 150 espaços culturais da cidade. O problema de cupins nas casas do Bosque do Papa foi detectado, mas não é prioridade no plano de recuperação da fundação.

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