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Um ano depois de ser sede da 8.ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP8), Curitiba se prepara para receber mais um evento da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre meio ambiente. Entre os dias 26 e 28 deste mês, será realizada na capital a reunião "Cidades e Biodiversidade – Atingindo a meta de 2010", uma discussão preliminar à COP9, que ocorrerá em 2008, em Bonn, na Alemanha.

O evento em Curitiba será a primeira reunião de prefeitos de cinco continentes sobre biodiversidade. O objetivo é incluir na pauta da COP9 a responsabilidade das cidades na preservação do ambiente urbano, tema que é praticamente ignorado. "A parte urbana não é tratada na COP. Abordam temas genéricos, não o urbano", diz a coordenadora-técnica da reunião, Dayse Cristina Senna.

Além da presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, são esperados cerca de 30 prefeitos (18 já confirmados) vindos de diversas partes do mundo – de cidades que já foram sede da COP até as que são sede da ONU e do Conselho Internacional para Iniciativas Ambientais Locais (ICLEI). No total, 80 pessoas devem participar do encontro, entre prefeitos, assessores e especialistas, no Salão de Atos do Parque Barigüi.

"É um reconhecimento da CDB (Convenção sobre Diversidade Biológica) com relação ao trabalho desempenhado quando hospedamos a COP/MOP e uma responsabilidade também", diz o secretário de Relações Internacionais de Curitiba, Eduardo Lopes Pereira Guimarães.

Carta

A COP8 ocorreu em março do ano passado com a participação de 4 mil pessoas de 173 países. Ao fim das discussões, o secretário da CDB, Ahmed Djoghlaf, a ministra do Meio Ambiente e o prefeito de Curitiba, Beto Richa, lançaram a proposta de envolver as cidades no cumprimento das metas de redução da perda da biodiversidade. O resultado desse acordo firmado em 2006 irá culminar, durante a reunião que começa no próximo dia 26, na Carta de Curitiba, a ser apresentada na COP9.

O presidente da Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais, Paulo Pizzi, acredita ser importante a discussão sobre o meio ambiente urbano. "O assunto ainda não galgou um grau de importância na COP. Já era um dos pontos da pauta a ser discutido, agora deve ganhar mais força", afirma.

A opinião é a compartilhada pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), uma das poucas organizações do estado que estará representada na próxima COP. O convite surgiu devido ao reconhecimento de um projeto desenvolvido, o Solobioma, que pesquisou a fauna presente nos solos para propor medidas de conservação. A pesquisa é realizada desde 2003, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Museu de História Natural de Karlsruhe, na Alemanha, país sede da COP9.

Biocidade

Enquanto os prefeitos trocam experiências a portas fechadas, no primeiro dia da reunião será lançado o programa Biocidade, que promete interferir na vida do curitibano. Diversas ações de preservação de biodiversidade serão desenvolvidas em Curitiba, o que a organização prefere não detalhar por enquanto.

Também as crianças das 160 escolas da rede municipal de ensino estarão participando, por meio da 2.ª Mini-Conferência da Biodiversidade, no dia 23. Estão programadas palestras, oficinas e atividades culturais e, ao fim do evento, será redigida uma Carta Compromisso.

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