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A aplicação de restrição de automóveis no centro de Curitiba, seja pela adoção do rodízio ou de pedágios, ainda está longe de acontecer em Curitiba, segundo mostra uma reportagem da Gazeta do Povo.

Enquanto o governo federal prepara um projeto de lei que dará respaldo legal aos municípios que desejarem intensificar as restrições à circulação de veículos por razões ambientais ou de urbanismo, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) tranqüiliza os motoristas da capital. "Curitiba ainda não precisa de ações como o pedágio urbano ou rodízio", diz o engenheiro José Álvaro Twardowski, diretor de Sistema Viário do Ippuc.

Entre as metrópoles brasileiras, apenas São Paulo e Rio de Janeiro precisam urgentemente de ações drásticas para o controle do tráfego, explica Alexandre Gomide, diretor de Regulação e Gestão da Secretaria de Transportes Urbanos do Ministério das Cidades, responsável pela elaboração do projeto de lei, que deve ser enviado ao Congresso Nacional até o fim do ano. Mas, antes disso, ele promete que haverá assembléias públicas nos grandes centros metropolitanos do Brasil, incluindo Curitiba.

O projeto elaborado pelo Ministério das Cidades não se restringe a medidas para controle do tráfego, apresentando também orientações de caráter geral e regulamentações para o transporte coletivo. A polêmica, no entanto, deve ficar para as restrições. "Essa lei é necessária para evitar acontecimentos como os de Brasília, em que uma liminar derrubou as faixas exclusivas para ônibus", justifica Gomide.

Embora descarte a adoção de pedágios ou rodízios, Twardowski admite a existência de gargalos de tráfego na cidade, como as ruas Visconde de Guarapuava, Mateus Leme e Issac Ferreira da Cruz. Para resolver alguns desses problemas, a prefeitura deve iniciar, a partir do ano que vem, uma série de obras para facilitar o trânsito, mas o engenheiro do Ippuc também conta com a capacidade de adaptação do motorista, no sentido de que busque caminhos alternativos quando identificar pontos de congestionamento.

Limitações

Alexandre Gomide, do Ministério das Cidades, enumera as medidas que algumas cidades e países adotaram para controlar o trânsito:

Londres - Para entrar no centro financeiro da cidade, o condutor paga 5 libras (cerca de R$ 25) por dia. O controle é feito com câmeras.

Cingapura - A cidade é dividida em anéis concêntricos. O motorista paga mais à medida que se aproxima do centro.

Paris - Quando os instrumentos de medição acusam qualidade do ar abaixo do limite mínimo, a entrada de automóveis no centro é suspensa.

Milão - Em um domingo por mês, a circulação de carros no centro histórico é proibida.

Japão - Antes de comprar um carro, o motorista deve provar que tem um local para estacioná-lo.

Estados Unidos - Rodovias têm faixas especiais para carros com um número mínimo de passageiros.

876.987 automóveisformavam a frota de Curitiba em julho de 2005, segundo o Detran. A frota cresce de 6% a 6,5% por ano.

4.335 quilômetrosfoi a extensão total das ruas na cidade de Curitiba medida em outubro de 2004, de acordo com o Ippuc.

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