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Transporte alternativo segue nesta quinta

Com o número reduzido de ônibus, a Urbanização de Curitiba (Urbs) informou que manterá os veículos do transporte alternativo nesta quinta-feira (27). Os proprietários dos carros, vans, ônibus e micro-ônibus que fizeram o cadastro no primeiro dia de greve não precisarão se recadastrar novamente nesta quinta-feira, afirmou a assessoria de imprensa da Urbs.

O órgão municipal declarou também que continuará cadastrando novos veículos hoje. Até as 9h15, foram 16 novos registros. Durante toda a quarta, foram 450 veículos. Isso não significa, no entanto, que todos os 466 veículos para transporte alternativo cadastrados nestes dois dias estarão em operação.

A Urbs declara, no entanto, que a circulação desses veículos, assim como a dos táxis, estará vetada nas canaletas de ônibus a partir de quinta. A prioridade é que os veículos do transporte alternativo circulem principalmente nos chamados eixos, que são as vias exclusivas para ônibus e que possuem um maior fluxo de usuários. Como a circulação nas canaletas estará novamente proibida aos veículos, a Urbs afirma que eles deverão usar as vias laterais às ruas exclusivas.

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Acompanhamento das linhas

Por meio de um sistema disponibilizado pela Urbs é possível saber quantos ônibus de uma determinada linha estão em circulação e qual é a estimativa de chegada do veículo em um ponto da cidade. As informações, que segundo a empresa são atualizadas a cada minuto, podem ser acessadas por este link. A busca pelas linhas pode ser feita tanto pelo nome como pelo número que a identifica.

      Acompanhamento da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), que gerencia o sistema da Rede Integrada de Transporte (RIT) na capital e região metropolitana, informou que, por volta das 7h30, 44% da frota dos ônibus estava nas ruas. No horário de pico, foi o índice máximo detectado pela empresa, que mediu 30% entre 6h30 e 7 horas, e 40% pouco antes das 8 horas. Apesar de haver linhas em circulação, a quantidade não esteve de acordo com a decisão da Justiça, que determinou que 50% dos veículos do transporte coletivo trafeguem nos horários de pico (das 6 às 8 horas).

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      Negociação entre patrões e empregados trava no preço da tarifa

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      Por outro lado, representes do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), entrevistados pela reportagem no início desta manhã, afirmaram que havia sim 50% da frota em circulação.

      Segundo os sindicalistas, tabelas feitas pela entidade permitiram que a metade dos veículos sigam para suas rotas até as 8 horas (pico). Depois desse horário, a informação era de alguns iriam recolher e, então, a frota seria reduzida para 30%, como também previa a ordem judicial.

      No entanto, conforme a Urbs, por volta das 11 horas, a porcentagem da frota nas ruas era de 52% - maior que o mínimo previsto pela Justiça. Isso significa que no período, a RIT tinha 546 veículos em circulação. Mesmo assim, a empresa falou que irá encaminhar os relatórios de acompanhamento ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que vai decidir se aplicará ou não multa ao Sindimoc, por conta da frota insuficiente do início da manhã.

      O retorno parcial dos ônibus de transporte coletivo às ruas da capital ocorre um dia após uma paralisação que atingiu 100% dos ônibus e afetou 2,3 milhões de pessoas que dependem do sistema. O transtorno impactou atividades em escolas, universidades, hospitais e no comércio da região.

      Transtornos

      Apesar da garantia do Sindimoc de que a metade dos ônibus da RIT funcionam desde as 6 horas, a reportagem da Gazeta do Povo se deparou com transtornos em algumas garagens da capital, o que impediu a saída de veículos. No Abranches, a garagem da empresa Viação Sul está com o acesso interditado.

      No local, em torno de 10 grevistas atravessaram três ônibus em frente ao portão e esvaziaram os pneus destes veículos. Os trabalhadores se recusam a liberar a saída dos ônibus, mesmo com a presença de representantes do Sindimoc, que estão tentando negociar para a saída da frota mínima exigida pela Justiça.

      Em torno de 90% dos ônibus operados pela Viação Sul são metropolitanos. Dentre eles estão linhas como Curitiba-Almirante Tamandaré, Curitiba-Itaperuçu e Curitiba-Rio Branco do Sul.

      Linhas metropolitanas que ligam Almirante Tamandaré a Curitiba também estão paradas desde a madrugada. Um piquete montado por aproximadamente 30 grevistas impede a circulação da frota da empresa Viação Tamandaré. Segundo os trabalhadores que se concentram na garagem, eles querem esperar o resultado da assembleia marcada pelo Sindimoc para o meio-dia desta quinta, para então rever o funcionamento do transporte operado pela empresa.

      Por meio de sua assessoria de imprensa, o Sindimoc julgou estes casos como "situações pontuais" e disse que acompanha o desenrolar dos fatos até chegar a uma negociação que permita a saída dos veículos das garagens. A entidade ressaltou ainda que a resistência de alguns trabalhadores é comum em qualquer atividade sindical.

      Por volta das 6 horas, a reportagem havia passado por outras três garagens de ônibus, nos bairros Bacacheri, Tingui e Bom Retiro. Em nenhuma delas havia piquetes impedindo a saída dos veículos.

      Em Curitiba, houve registro de vandalismo no terminal do Capão da Imbuia. Um passageiro que esperava o ônibus da linha Centenário-Campo Comprido ficou enfurecido com a demora e apedrejou o veículo quanto este chegou à plataforma. Seguranças e passageiros do terminal relataram que a pedra quebrou um vidro do ônibus, mas que o dano não impediu o veículo de seguir viagem.

      Sindimoc vai à Justiça contestar cálculos da Urbs

      O advogado do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Elias Mattar Assad, divulgou, por meio de seu perfil na rede social Facebook, que vai contestar no TRT a tabela de cálculos definida pela Urbs, que estabelece a quantidade de ônibus que deve circular de acordo com a decisão da justiça.

      Segundo o advogado, os números apontados pela empresa estão errados e, por isso, o Sindimoc vai pedir a aplicação de multa. "Para a tabela deles, 50% de 202 é 114 ou metade de 180, é 105. Inadmissíveis erros que tumultuaram o cumprimento da ordem judicial", declarou Assad.

      A Urbs negou que as informações estejam erradas e explicou à reportagem que os cálculos levam em conta o número mínimo exigido pela Justiça – que é de linhas em circulação, e não da frota total. Assim, se uma linha opera diariamente com três ônibus, não tem como manter 1,5 veículo na rua e, para atender ao mínimo exigido, dois deles terão que circular.

      Situação nas ruas

      Alguns biarticulados e ônibus convencionais (amarelos) levavam passageiros da Rui Barbosa para os bairros e vice-versa, por volta das 6h30. Desde as 5h45 já havia uma pequena movimentação de ônibus no maior terminal da capital.

      Em outros pontos da cidade, como nos bairros Bom Retiro, Boa Vista, Centro Cívico, Água Verde, Santa Quitéria e Capão Raso, alguns poucos ligeirinhos, convencionais, e até metropolitanos também foram vistos nas ruas.

      Mesmo com um número reduzido de ônibus, muitos deles ainda estavam vazios. Um motivo foi o horário, pois ainda era cedo, e outro era a incerteza se realmente haveria transporte.

      Para se ter uma ideia da movimentação dos ônibus, dois biarticulados da linha Pinheirinho transportaram passageiros nesta manh㠖 ainda com a cidade em meio à greve. Um saiu da Rui Barbosa às 6h20 e outro às 6h40. Normalmente, seriam cinco veículos no período.

      Táxis continuam com altas demandas, mas serviço é menor que na quarta

      Os serviços de táxis em Curitiba estão mais tranquilos nesta quinta-feira em comparação com quarta. Por volta das 10 horas, a reportagem entrou em contato com cinco centrais telefônicas que disponibilizam o serviço. Diferentemente de ontem, quando o contato foi possível com apenas uma das empresas, desta vez todas as ligações foram completadas.

      Mesmo assim, a maior parte das centrais afirma que o movimento é alto, já que a frota de ônibus em circulação está reduzida. Das cinco empresas, duas apenas estão estabelecendo previsão de horário de busca; as demais falaram que, por causa da alta demanda, ainda não têm como garantir um serviço rápido.

      No início da manhã, quando muitas pessoas se dirigiam aos seus locais de trabalho, o volume de ligações foi intenso, e a previsão é de que a demanda volte a aumentar depois das 11 horas, próximo ao horário de almoço.

      Novo acordo

      O TRT-PR realiza às 14 horas desta quinta-feira uma nova reunião de conciliação entre o Sindimoc e o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Curitiba e Região Metropolita (Setransp). Nesta quarta, a primeira audiência conciliatória realizada pelo órgão terminou sem acordo entre as partes.

      O sindicato dos trabalhadores pleiteia reajuste de salário de 16% para motoristas, acrescido do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e 22% para cobradores, mais INPC, e pede também a manutenção da data-base em 1º de fevereiro. Já a proposta das empresas não ultrapassou os 5,26% de correção, de acordo com o INPC.

      A sugestão da magistrada Ana Carolina Zaina, que conduziu a audiência, é que os empresários repitam o reajuste de 10,5% dos últimos dois anos e garantam vale-alimentação de R$ 400 e abono salarial de R$ 300.

      A proposta do TRT será avaliada pelos trabalhadores em assembleia que prevista para o meio-dia, na Praça Rui Barbosa. Inicialmente, a reunião estava marcada para as 9 horas. O resultado da assembleia será levado à audiência das 14 horas. O sindicato patronal também se comprometeu a analisar a sugestão e levar o posicionamento oficial das empresas para a segunda audiência conciliatória.

      Na reunião desta quarta, a Urbs informou que, caso a sugestão do TRT for acatada, a taxa técnica, aquela paga às empresas, passaria a R$ 3,40 – hoje ela está em R$ 2,9353. Na ocasião, Roberto Gregório, presidente da Urbs, disse que ainda não está decidido se haverá reajuste para o usuário e há a possibilidade de apenas a tarifa repassada às empresas ser reajustada após o Carnaval.

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