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Refrigerantes são bebidas com alta quantidade açúcar, acidulante, corante artificial e cafeína. | Antonio Costa/Arquivo/Gazeta do Povo
Refrigerantes são bebidas com alta quantidade açúcar, acidulante, corante artificial e cafeína.| Foto: Antonio Costa/Arquivo/Gazeta do Povo

A dona de casa Regina Pinheiro de Andrade, após ter se submetido a uma cirurgia bariátrica, não toma nenhum refrigerante há cinco anos. A designer Gabriela Andrade Silva parou há três anos em razão de uma dieta . Embora tenham tomado as decisões por motivos diferentes, as duas ajudam a traduzir um dado divulgado nesta semana pelo Ministério da Saúde, a partir de um recorte da pesquisa anual Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico): o consumo de refrigerantes caiu 20% no país em seis anos. Ainda assim, Curitiba figura como a 4.ª capital do país onde os moradores mais bebem o produto – cinco ou mais vezes na semana.

O recorte da Vigitel divulgado pelo Ministério da Saúde deixa uma série dúvidas, já que o órgão não dá acesso ao estudo completo e nem esclarece o que é considerado refrigerante na metodologia, nem quantas pessoas foram ouvidas. O levantamento também não combina com as últimas informações divulgadas pela Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras) sobre o setor– a entidade espera um crescimento de 1,5% na produção da bebida neste ano.

Mesmo assim, os dados rendem uma boa discussão sobre o consumo de refrigerante. De acordo com a nutricionista Thais de Brito, do spa Estância do Lago, em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, refrigerante é a bebida que contém em sua composição alta quantidade açúcar, acidulante, corante artificial e cafeína. A bebida normal é a que traz mais malefício à saúde. “O consumo em excesso de refrigerante pode promover patologias como diabetes, por conta do excesso de açúcar na sua composição, obesidade, problemas estomacais como úlcera e gastrite e até alergias devido aos corantes e conservantes do produto”, alerta Thais.Para a nutricionista, o fato de Curitiba ainda ter uma posição tão relevante no consumo da bebida ocorre por falhas nas políticas de saúde pública. “Falta empenho da saúde pública, no sentido de fazer campanhas de conscientização dos malefícios do consumo diário de refrigerante. Se você faz a prevenção adequada, não precisará arcar com gastos no tratamento de diabetes e outras patologias”, afirma Thais.

Os ganhos de quem resolveu parar de vez com a bebida

A designer Gabriela e a dona de casa Regina Pinheiro de Andrade confessam que no início não foi fácil parar e foi necessário fazer uma substituição da bebida. No caso de Gabriela, a opção foi água e sucos naturais. Já no caso de Regina, a escolha foi por chá e água sem gás.

Para a nutricionista Thais de Brito, é preciso tomar cuidado na hora de se fazer a substituição do refrigerante. “O ideal é não beber durante a alimentação, mas se a pessoa precisa substituir a bebida, recomenda-se a água sem gás. Se a pessoa não consegue beber água, pode-se optar pelo chá, que é diurético. O suco de natural precisa ser tomado com atenção, porque, embora tenha os benefícios da fruta, também é calórico. Um copo de 250 ml de suco de laranja tem 280 calorias, então não adianta você substituir a caloria do refrigerante pela do suco natural”, completa.

As águas saborizadas não contém tanto corante como o refrigerante normal, mas ainda assim apresentam o malefício do gás, que pode gerar problemas estomacais. Já os refrigerantes light contém uma alta concentração de sódio e de aspartame e, por isso, devem ser evitados. O suco de caixinha ou latinha apresentam alta concentração de açúcar e quase inexistente presença de fruta.

Mesmo as águas com gás merecem atenção na hora do consumo, segundo Thais. “Dependendo do horário que você toma, o gás da água é prejudicial na absorção de algumas vitaminas e minerais. Não adianta você fazer um prato com saladas e legumes e tomar água com gás”, exemplifica. As melhores opções são a água sem gás, o chá, limonada ou a laranjada para consumir dez minutos antes e quarenta ou cinquenta minutos depois da refeição.

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