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O fim de semana termina registrando pelo menos 13 mortes violentas em Curitiba e Região Metropolitana. Até as 16, relatório do Instituto Médico Legal (IML) mostrava que, entre as 18h de sexta-feira (22) e este domingo, 12 pessoas haviam morrido por ferimentos por arma de fogo e uma por arma branca. Entre as vítimas havia duas mulheres – na verdade, uma criança, de apenas 12 anos. Os crimes foram registrados em Curitiba (3), Pinhais (3), Campo Largo (2), São José dos Pinhais, Itaperuçu, Colombo, Araucária, Piraquara, Contenda e Almirante Tamandaré.

Um crime que chamou a atenção foi o assassinato da menina Rosana Gervásio Rodrigues da Silva, de 12 anos, que morreu dentro de casa, no Jardim Carla, em Pinhais, por volta das 21h. De acordo com informações preliminares da Delegacia de Polícia de Pinhais, dois homens foram até a casa da menina em busca do padrasto dela, que teria envolvimento com uma das gangues que aterrorizavam o bairro e que estão envolvidas com o tráfico de drogas.

A polícia afirma que os bandidos atiraram na direção do padrasto de Rosana, mas este conseguiu se esquivar e se esconder. Ela tentou fugir pela janela, mas como o local estava escuro, pode ser que os criminosos tenham atirado na menina por engano. Não está descartada, no entanto, a hipótese de que tenham atirado na menina em represália ao padrasto, embora não se saiba se a intenção era mata-la. O tiro atingiu a nuca da criança, que morreu na hora. Os autores do crime ainda não foram identificados.

Outro caso envolvendo criança aconteceu em Fazenda Rio Grande. Um menino de nove anos foi atingido por um disparo de arma de fogo enquanto brincava de roleta-russa com um adolescente de 17 anos, no Jardim Veneza por volta das 15h deste domingo. A criança foi atingida na boca dentro da residência de dois homens que estavam em posse da arma, e logo em seguida encaminhada ao Pronto-Socorro de Fazenda Rio Grande.

Um homem morreu dentro de um condomínio, o Conjunto Serra do Mar I, no bairro Rio Pequeno, em São José dos Pinhais, na noite de sábado. Ronaldo da Cruz da Silva, de 18 anos, levou um tiro na barriga e morreu no próprio local, na área comum do condomínio. A informação da PM é de que o jovem poderia estar envolvido em uma briga com outro rapaz, morador do mesmo condomínio.

No domingo, um homem foi decapitado em Contenda, na região metropolitana, por volta das 10h da manhã. O corpo foi encontrado na Rua Vitório Barbosa, 468, no Centro da cidade. A crueldade chocou os moradores, de acordo com uma equipe da PM que atendeu a ocorrência. Há algum tempo circulava entre os moradores a notícia de que o homem havia abusado sexualmente de crianças, o que pode ter motivado o crime, embora a polícia não tenha recebido denúncia contra o homem. O crime será investigado pela Delegacia de Contenda.

Afogamentos

Neste domingo, também foram registrados cinco afogamentos – três crianças de nove, 10 e 12 anos morreram após se afogarem em uma cava de Colombo, na região metropolitana. Outros dois adolescentes, de 17 e 18 anos, morreram na Represa do Parque Passaúna, em Curitiba.

No primeiro caso, um helicóptero levou uma equipe do Siate até o local, e as crianças, três meninos, foram atendidas inicialmente às margens da cava, para que a equipe pudesse prestar os primeiros socorros e tentasse estabilizar os sinais vitais das vítimas. Durante o transporte até o hospital, no entanto – duas para o Hospital do Trabalhador e uma para o Hospital Cajuru -, as crianças não resistiram e morreram.

Já os dois adolescentes morreram ainda no local, pouco após serem retirados da represa por uma equipe do Corpo de Bombeiros e atendidos pelo Siate. Não houve nem tempo de desloca-los para um hospital.

De acordo com a PM, casos de afogamento são comuns em tardes de muito calor, como foi o caso deste domingo, que registrou uma máxima de 26,6 °C em Curitiba e região, de acordo com o Simepar.

Entre os locais que apresentam perigo para os banhistas, as cavas são uma armadilha especialmente traiçoeira, de acordo com manual do Corpo de Bombeiros. Isso porque elas tendem a expandir o tamanho de sua profundidade com o tempo, embora isso seja pouco notado pelas pessoas. Muitas também possuem vegetação subaquática e outros materiais que podem prender os pés dos banhistas. O fato de muitas estarem localizadas na Região Metropolitana dificulta a fiscalização e faz com que a maioria dos acidentes ocorra nestes locais.

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