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Curitiba e os municípios da região metropolitana (RMC) somaram 38 mortes violentas ao longo do feriado de Páscoa, entre as 20 horas de quarta-feira (20) e as 20 horas de segunda-feira (25). O número representa um aumento de 31% em relação ao feriado de Carnaval deste ano, quando foram registradas 29 ocorrências fatais em um período também de quatro dias. Os dados foram obtidos em boletins do Instituto Médico-Legal (IML) e levam em conta os óbitos ocorridos por ferimentos de arma de fogo ou branca, ou por agressões físicas.

A capital foi responsável por 23 mortes violentas ocorridas no feriado de Páscoa, número que representa 60% do total verificado no período. Os outros 15 assassinatos foram registrados na região metropolitana, nos municípios de Piraquara (6), São José dos Pinhais (5), Almirante Tamandaré (1), Pinhais (1), Campo Magro (1) e Colombo (1).

Em 32 casos, os autores usaram armas de fogo para cometer os crimes. Cinco pessoas morreram por ferimentos de arma branca e uma, por agressões físicas. Em um caso, a vítima morreu por agressões físicas e por ferimentos de arma branca.

Chacina

O caso de maior repercussão do feriado ocorreu na noite de sexta-feira (22), em Piraquara, onde cinco pessoas foram executadas. A chacina ocorreu em uma chácara, situada em um condomínio dividido entre pelo menos 22 proprietários. Entre as vítimas, estão o ambientalista Jorge Roberto Carvalho Grando, de 53 anos, ex-secretário de Meio Ambiente de Pinhais, e o irmão dele, Antônio Luis Carvalho Grando, de 46 anos. Também foram mortos o funcionário da Sanepar, Albino Silva, de 39 anos, o empresário Gilmar Reinert, de 50 anos, e o agente penitenciário Valdir Vicente Lopes, de 49 anos. Os dois últimos negociavam a compra de lotes para viver no local.

As vítimas faziam um churrasco do lado de fora da residência e teriam sido conduzidas para dentro, onde foram executadas a tiros. No local, foram encontrados estojos de munição calibre 9 milímetros. Dois suspeitos foram localizados e ouvidos pela delegacia de Piraquara, na tarde desta segunda-feira. Segundo o superintendente da Marco Aurélio Furtado, eles prestaram depoimento na delegacia por volta das 16h30 e foram liberados em seguida, após negar participação no crime. A polícia trabalha com quatro hipóteses, dentre elas, latrocínio (roubo seguido de morte) e vingança.Outros casos

Na noite de sábado, Bruno Barros da Luz, de 26 anos, foi linchado, no Jardim Independência, em São José dos Pinhais. Segundo o superintendente da delegacia, Clóvis Lima Júnior, horas antes do crime, Luz havia se envolvido em uma briga em um bar naquele bairro esfaqueado um casal que estava no estabelecimento.

As vítimas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital de São José dos Pinhais e já tiveram alta. Após a confusão, Luz teria voltado para casa, mas, segundo a polícia, um grupo de pelo menos 15 pessoas invadiu a residência e o levou à rua. Do lado de fora, o homem foi agredido e esfaqueado até a morte.

O superintendente disse que a polícia trabalha para identificar as pessoas envolvidas no linchamento. "Nós vamos descobrir quem se envolveu neste crime. As pessoas que foram esfaqueadas por Luz e que sobreviveram vão ser intimadas a depor a vão poder nos ajudar a chegar aos autores", disse Lima Júnior.

Na tarde de domingo (24), um homem de 29 anos foi encontrado morto próximo à linha férrea, no bairro Cajuru, em Curitiba. A vítima, identificada como Fabrício Wagner Liberato, foi assassinada com um tiro na cabeça. De acordo com a Polícia Militar (PM), Liberato tinha passagem pelo sistema penal.

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