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Descentralizado

O crescimento no número de idosos levou Curitiba a descentralizar o atendimento à saúde desta população, antes focado na Praça Ouvidor Pardinho, distribuindo-o nas unidades de atendimento dos bairros. Na praça ficaram concentrados três geriatras, e outros cinco se dividiram entre os distritos da capital. Leia matéria completa.

A Prefeitura de Curitiba planeja criar uma equipe de profissionais da saúde e da assistência para fazer o atendimento a idosos em domicílio. A intenção é evitar que pessoas em situação de dependência, sofram maus tratos e, ao mesmo tempo, auxiliar as famílias nos cuidados dessa população, sem que idosos sejam colocados em abrigos. A iniciativa é uma parceria da Fundação de Assistência Social de Curitiba (FAS) e da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A promessa é que a ação comece a funcionar no primeiro trimestre do ano que vem (2015) de maneira experimental, na regional Bairro Novo.

A estimativa da fundação é de que 25 pessoas sejam amparadas por 15 cuidadores nesta primeira fase do programa. São indivíduos com grau de dependência I e II o que, segundo resolução do Ministério da Saúde, significa que são independentes (mesmo que utilizem equipamentos de adaptação) ou que dependem de outros em até três atividades do dia-a-dia, respectivamente. O objetivo da Prefeitura é ampliar a ação para todas as nove regionais da capital.

O serviço deve ter como foco a família, que tem o dever constitucional de amparar as pessoas idosas, garantindo o direito à vida, ao bem-estar e à dignidade. Devem participar pessoas que se encaixam no público-alvo da assistência social, que vivem em situação de risco e vulnerabilidade, e a seleção deve ser baseada no acompanhamento que já é realizado pelas equipes dos Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Estes últimos farão a coordenação do projeto.

Violência

No ano de 2013, 1.768 denúncias envolvendo a população idosa no Paraná foram feitas ao serviço Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH). O número corresponde a cerca de 4,5 de todas as queixas feitas no estado, naquele ano, pelo serviço.

Em 35,7% dos casos houve registro de negligência e, em 28,5%, de violência psicológica. Ainda assim há, em menor número, situações de violência física, sexual e até mesmo de trabalho análogo ao escravo. De todas as denúncias feitas entre 2011 e 2013, 90% delas ocorreram em casas, que podem ser do próprio idoso, do agressor ou de outros.

Atendimento domiciliar

Dez equipes interdisciplinares trabalham atualmente no atendimento domiciliar de saúde, em Curitiba. Lotados no Hospital do Idoso Zilda Arns, o grupo atende usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) – idosos ou não – que são encaminhados por profissionais de saúde das unidades Básicas de Saúde (UBS), de Pronto Atendimento (UPA) ou hospitais.

O usuário passa então pelo crivo do profissional de medicina, que avalia se há necessidade de inclusão na assistência domiciliar. A equipe inclui ainda profissionais de enfermagem, técnico em enfermagem, farmácia, fonoaudiologia, nutrição e fisioterapia.

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