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Ontem foi dia de mutirão de testes de HIV nas unidades de saúde de Curitiba, cidade escolhida pelo Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde no Dia de Mobilização contra a Aids para dar visibilidade ao sistema de testagem rápida, que dá o resultado em meia hora. Das 8 às 17 horas, 26 unidades de saúde realizaram os testes em pessoas a partir dos 14 anos. Segundo o secretário de Saúde e prefeito em exercício, Luciano Ducci, a meta era examinar pelo menos 5 mil pessoas.

O teste foi desenvolvido nos últimos dois anos, com recursos do Ministério da Saúde, por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade Federal do Espírito Santo. Até junho, de acordo com a coordenadora do Programa Nacional de DST e Aids, Mariângela Simão, o novo teste estará disponível em todas as capitais brasileiras, em 72 Centros de Testagem e Aconselhamento.

Movimento

Na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, a fila era grande desde o início da manhã. "Nunca fiz o exame e me chamou a atenção, por ser mais rápido", comentou Marco Aurélio de Andrade, 45 anos. "Nunca me preocupei com isso, mas, como é rápido, resolvi fazer". O estudante Bruno Banzato, 20 anos, disse que não faria o teste se fosse pelo "sistema antigo". "Acho que eu não faria tão cedo", afirmou.

Até o vice-prefeito Luciano Ducci resolveu entrar na fila. "É rápido e indolor. O único problema é que o meu teste não foi sigiloso", brincou. "É importante ter um diagnóstico rápido, para que a pessoa infectada possa dar início logo ao tratamento", argumentou.

O jogador Parral, do Paraná Clube, foi outro que realizou o exame. "É importante participar e chamar a atenção das pessoas", comentou. O jogador Keirrison, do Coritiba, e as triatletas Anne Fernandes e Célia Maria Ditzel também fizeram o teste.

Segundo Mariângela Simão, a estimativa do Ministério da Saúde é de que pelo menos 600 mil pessoas estejam infectadas em todo o país. Desde 1980, foram detectados 371 mil casos no Brasil, com cerca de 170 mil pessoas em tratamento atualmente. A diretoria disse que Curitiba foi escolhida para a campanha pela organização do sistema de saúde e pela capacidade de dar respostas rápidas no caso de detecção da infecção. Desde 1984, foram registrados 7.550 casos (5.093 homens e 2.457 mulheres) na cidade.

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