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A prefeitura de Curitiba está estudando novamente a implantação do metrô como alternativa para o transporte na cidade. Ainda não há definição de como seria exatamente o projeto. No entanto, perdeu força entre os técnicos municipais a idéia de fazer um metrô elevado, acima da superfície, como chegou a ser previsto para o Eixo Metropolitano, o trecho urbano da antiga BR-116 (hoje BR-476). O Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) já demonstra preferência pela proposta de se construir o metrô em trincheiras de concreto logo abaixo das canaletas dos ônibus biarticulados (veja quadro).

O primeiro trecho a ser beneficiado, caso o projeto venha a sair do papel, não seria mais a antiga BR-116. A opção mais provável é o trecho entre o Terminal do Pinheirinho e o Centro, passando pelas avenidas Winston Churchill, República Argentina e Sete de Setembro.

Esse é o trajeto onde os ônibus biarticulados mais estão sobrecarregados e o metrô resolveria o problema, diz o presidente do Ippuc, Luís Henrique Fragomeni. Pelo trecho, são transportados 260 mil passageiros/dia – o dobro de usuários dos biarticulados entre o Centro e o Terminal do Santa Cândida.

O metrô no Eixo Metropolitano deixou de ser prioridade porque ainda sequer há demanda de passageiros no local. Para que o sistema de ônibus a ser implantado fique sobrecarregado, ainda vai levar muito tempo. O coordenador do núcleo de transporte e mobilidade urbana do Ippuc, Cléver Teixeira de Almeida, explica ainda que o Eixo inicialmente seria contemplado porque o financiamento que a prefeitura havia obtido no Japão era muito bom e compensaria o investimento, mesmo sem demanda atual. Mas o dinheiro japonês não veio e o projeto – agora com recursos do Banco Interamericano do Desenvolvimento – foi reformulado para que a rodovia receba canaletas de ônibus.

Almeida também diz que nova proposta de fazer o metrô "enterrado" (a uma profundidade de 6 a 7 metros) custa quase o mesmo do que se a opção fosse o trilho elevado: entre U$ 40 milhões e US$ 50 milhões por quilômetro. Como o metrô de superfície traria um impacto visual e a possibilidade de incomodar a vizinhança devido ao barulho, agora trabalha-se com a idéia do transporte subterrâneo.

A alternativa que vem sendo estudada pelo Ippuc também custaria a metade de um metrô convencional, onde os trilhos chegam a passar a 50 metros de profundidade. Segundo Fragomeni, na maioria das cidades que têm metrô, o trajeto das linhas não segue o traçado das ruas e chega a passar embaixo de edificações. Daí decorre a necessidade de se ter de "cavar" muito fundo. Mas Curitiba tem uma característica que a diferencia: as avenidas com canaletas de certa forma reservaram um espaço que permite ao metrô passar a poucos metros de profundidade.

* * * * * *Interatividade

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