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O resgate do Centro como bairro de moradia, e não apenas como local de passagem de pessoas ou de comércio, é a principal aposta do projeto Centro Vivo para revitalizar a região. No entanto, um dos desafios para implantar essa proposta será vencer a rejeição que os curitibanos de outros bairros têm à idéia de morar no Centro. A arquiteta Keila Blascovi, integrante do projeto, diz que 80% dos freqüentadores do Centro não o vêem como um bom local de moradia. A pesquisa que mostra a satisfação dos moradores do Centro, porém, é um bom argumento para mudar a mentalidade dos demais curitibanos.

Uma das apostas do Centro Vivo para aumentar a população residente na região central é implantar projetos habitacionais para a população de baixa renda, por meio da reforma de edifícios desocupados ou subutilizados. Mas a proposta deve causar muita polêmica e já divide a opinião dos atuais moradores da região. De acordo com a pesquisa, quase metade (47%) desaprova esse tipo de iniciativa. Outros 51% aprovam a medida ou não se importariam em ter pessoas de baixa renda como vizinhança.

"Existe um preconceito contra a habitação popular. Mas quem usa o Centro hoje? Já é a população de baixa renda", diz a arquiteta Daniela Slomp Busarello. Segundo Daniela, por questão de segurança pública, é preferível ocupar edifícios abandonados. Keila Blascovi diz ainda que habitações de interesse social não são cortiços ou favelas.

O Centro Vivo também está propondo uma série de outros projetos para revitalizar a região central da cidade: fechamento de novas ruas para carros, com o objetivo de beneficiar o pedestre; construção ciclovias e pistas de corrida para esportistas; construção de estacionamentos subterrâneos em locais tal como as praças Santos Andrade e Tiradentes e no Terminal do Guadalupe; fiscalização rigorosa contra ligações clandestinas da rede de esgoto (para diminuir o mau odor); criação de um conselho consultivo do bairro, com a participação de moradores e comerciantes, para propor melhorias constantes na região.

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