Cursos não serão suspensos, diz reitor

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Os vestibulandos que concorrem a vagas nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que estavam na lista de 270 graduações que tiveram o vestibular suspenso pelo Ministério da Educação (MEC) em dezembro, poderão conferir seus nomes na lista de aprovados que será divulgada amanhã, às 14 horas. Além da aprovação, esses alunos vão começar o curso ainda no primeiro semestre. Quem garante é o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho.

"Isso é ponto pacífico. Nossos cursos têm qualidade, condições de oferta, portanto não vai haver a suspensão [do vestibular]", diz o reitor. Quem pretendia concorrer a uma vaga para os cursos pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), por outro lado, não vai conseguir. Akel explica que, por falta de informação adequada, a UFPR enviou um recurso para o MEC, que não foi considerado e as vagas ofertadas pelo Sisu não foram abertas. "Não há possibilidade de alteração para o Sisu. Essas vagas serão posteriormente ocupadas por candidatos do nosso vestibular próprio, em segunda chamada", explica o reitor.

Em andamento

Os cursos tiveram o vestibular suspenso porque, em duas avaliações consecutivas (2009 e 2012), ficaram abaixo da média no Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que leva em conta o desempenho dos alunos e o corpo docente das unidades. Apesar do desempenho considerado ruim pelo MEC, tanto Jornalismo quanto Publicidade e Propaganda estão na lista de cursos com tendência positiva, ou seja, houve melhora nas notas de um ano para outro, apesar de os alunos terem boicotado o Enade nas duas ocasiões, o que baixou a nota da instituição. Isso dá maior flexibilidade para as universidades proporem planos de ajuste.

Duas comissões de avaliação do ministério estiveram na universidade para verificar a qualidade dos cursos e fazer apontamentos do que precisaria ser melhorado. Embora o CPC tenha sido 2, a avaliação da comissão elevou o conceito de Jornalismo e Publicidade para 3 e 4, respectivamente.

Segundo o professor Mário Messagi Junior, que participa da elaboração dos relatórios que são enviados ao MEC, os principais problemas apontados foram a ausência de uma biblioteca própria do curso, poucos docentes, falta de um sistema de autoavaliação dos cursos e a necessidade de adaptação às diretrizes curriculares, com a elaboração de uma nova proposta político-pedagógica.

Um relatório com o plano de ação para os próximos 60 dias foi enviado para o ministério ainda no fim do ano passado. Segundo Messagi, alguns problemas – como as bibliotecas e o sistema de auto avaliação – serão resolvidos na própria universidade. Outros, como a contratação de mais professores, precisa de liberação de vagas do próprio MEC. Para alterações no currículo, a universidade pede um prazo maior.

O MEC foi questionado sobre a validade da iniciativa da UFPR, mas não retornou até o fechamento desta edição.