Um curto circuito no sistema de iluminação foi a causa do incêndio que destruiu a boate Mansão Palhano em 2 de março. Essa é conclusão da perícia técnica realizada no local e apresentada à imprensa na manhã desta segunda-feira (16), duas semanas após o acidente, pelo chefe do Instituto de Criminalística de Londrina, Luciano Bucharles.

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Bucharles destacou que apesar não ser o objetivo da perícia, foi verificado que todas as estruturas de prevenção de incêndio estavam presentes no prédio da boate. Estes materiais, explicou o perito, apesar de terem uma combustão mais lenta cedo ou tarde acabam pegando fogo.

“O fogo deveria estar lá por horas até conseguir o volume para romper o telhado. Quem sabe, se fosse numa noite de sábado, com a boate aberta, alguém teria sentido a fumaça e começado o combate ao incêndio mais cedo. O fogo só tomou tamanho volume porque não tinha ninguém lá”, avaliou.

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O chefe do Instituto de Criminalística pontuou, ainda, que a hipótese de incêndio criminoso foi descartada já que, neste caso, a pessoa teria que iniciar o fogo em superfícies próximas ao chão. A perícia apontou que o incêndio foi iniciado em uma estrutura próxima ao forro, no teto do estabelecimento.

“O fogo avança para cima três vezes mais rápido do que para baixo. Havia um balcão de madeira sob o forro no local onde o incêndio teria começado, que foi parcialmente atingido. Se as chamas tivessem começado no chão, o balcão estaria completamente incendiado”, detalhou.

Incêndio

Na manhã seguinte ao incêndio, um dos proprietários da casa, Dino Biaggi, contou que estava sozinho dentro da casa quando o fogo começou. “A área interna tem cerca de mil metros quadrados, e eu estava no escritório, que tem uns 300 metros quadrados. Senti o cheiro de fumaça e saí do escritório para ver o que tinha acontecido. Quando abri a porta vi que a parte da boate estava tomada pelo fogo. Não sei há quanto tempo o incêndio tinha começado, só sei que não pude fazer nada”, lamentou na época.