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Dos oito câmpus de universidades federais criados no Paraná desde 2003, cinco foram visitados pela Gazeta do Povo na última semana. Por se tratarem de projetos recentes, ainda é difícil medir os impactos do surgimento da primeira ou de uma nova instituição de ensino superior na cidade, mas há uma onda de otimismo em relação aos resultados.

A mais antiga das novas unidades, a sede da Universidade Federal do Paraná no litoral – a Unilitoral, como é conhecida – já contabiliza, porém, uma mudança importante. A melhoria do desempenho de Matinhos e de municípios vizinhos no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb), que avalia estudantes do 1.º ao 5.º ano do ensino fundamento, é atribuída, em parte, à atuação da universidade. Antes da Unilitoral, o índice em Matinhos era de 3,9. Em 2009, o Ideb do município atingiu 5,1. Os projetos de formação continuada de docentes teriam contribuído para esse desempenho.

Mesmo em regiões onde as universidades ainda não formaram as primeiras turmas já é possível observar um benefício comum: o maior acesso à universidade pelos estudantes da rede pública. Em Toledo, no Oeste, metade das 510 vagas do câmpus da Universidade Tec­nológica Federal do Paraná (UTFPR) está preenchida por estudantes oriundos de escolas públicas.

A situação se repete no câmpus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) de La­­ran­jeiras do Sul, no Centro-Oeste do estado, onde 98% dos 520 alunos matriculados nos cinco cursos concluíram a educação básica em escola pública e 88% têm renda de até três salários mínimos.

Funcionando provisoriamente em um prédio emprestado, a UFFS aguarda a sede, no Assen­­tamento 8 de Junho, ficar pronta. Será a única no país a funcionar dentro de um assentamento rural, que já tem inclusive pelo menos dez candidatos às vagas da universidade.

Apoio regional

Em Londrina, a instalação da UTFPR, em 2007, ajudou a cidade a suprir uma demanda antiga: qua­­lificar profissionais para trabalhar na área agroindustrial, com cursos como o de Tecnologia de Ali­­­­men­tos e Engenharia de Ma­­te­­riais. Com isso, as empresas e in­­dús­­trias não precisam mais procurar profissionais em outras regiões.

Com menos de um ano de funcionamento, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu, começa a mexer com a rotina da cidade – pelo menos com projetos na área da educação e cultura. Inaugurada em 2010, a Unila já colocou em prática projetos de extensão que beneficiam a comunidade. Para este ano, estão previstos diversos projetos. Fazem parte da lista cursinho para estudantes que pretendem fazer o Enem e uma atividade de inclusão cultural para artistas da cidade.

Angel Salgado, correspondente do litoral; Amanda de Santa, do Jornal de Londrina; Denise Paro, da sucursal de Foz do Iguaçu; Luiz Carlos da Cruz, correspondente de Cascavel; e Maria Gizele da Silva, da sucursal de Ponta Grossa.

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