• Carregando...
Aldo Saloio: da convivência com grandes astros à solidão das ruas |
Aldo Saloio: da convivência com grandes astros à solidão das ruas| Foto:

Aldo Luís Saloio viu no tête-à-tête o despertar artísticos de nomes consagrados como Tony Ramos, Lima Duarte, Eva Wilma, Antonio Fagundes, entre outros. Começou a trabalhar aos 15 anos como office-boy na extinta TV Tupi, em São Paulo, em 1961, e oito anos depois chegou ao posto de tesoureiro. Saiu da Tupi por meio de um acordo, em 1975. Depois, foi vendedor e até gerente financeiro de uma empresa em Moema (SP), mas os tempos difíceis o fizeram tomar o rumo errado.

O ano era 1987. Aldo dobrou-se ao alcoolismo. Não demorou a perder o emprego e a mulher. Tentou um tratamento aqui, outro ali, teve recaídas, até que foi resgatado por um pastor evangélico. Barbudo e imundo, quase não conseguia ficar de pé.

Nem tudo pode ser desgraça. E Aldo teve a felicidade de ser encaminhado à Comunidade Hermon. Mas fraquejou. Três anos depois de ingressar na comunidade, saiu, em maio de 2000, para o casamento de uma das filhas e não voltou. Foram três anos ausente. Retornou à instituição em maio de 2003. Está lá até hoje, onde trabalha como voluntário para pagar a dívida de gratidão a quem soube acolhê-lo sem pedir nada em troca. Não só ele.

Gérson Felisardo, 56 anos, está prestes a completar quatro anos na Hermon. Antes de chegar já estava longe da família por causa do álcool. Nos últimos seis meses vivia mais nas ruas do que em casa. Informado por uma vizinha sobre a chácara, a princípio não se interessou, pelo menos até presenciar algo que o forçaria a uma decisão. Certo dia, viu no Terminal Guadalupe, no Centro de Curitiba, um morador de rua ser ameaçado com uma arma na cabeça. Só então se deu conta que já passara por isso três vezes. Ou se internava ou não viveria muito tempo. Chegou há 3 anos e 10 meses, pesando 48 quilos em 1,75 metro. Hoje pesa 70.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]