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Brasília – O banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, confirmou, em depoimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares pediu US$ 50 milhões a seu sócio Carlos Rodenburg para ajudar o partido a pagar dívidas de campanha. Apesar de ter evitado dizer que sofreu extorsão de governistas, Dantas admitiu que foi ameaçado por integrantes do governo e citou nominalmente o ex-presidente do Banco do Brasil Cássio Casseb.

Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, por sua vez negou, também na CCJ, ter declarado à Corte de Justiça de Nova Iorque que o banco Opportunity havia sofrido extorsão por autoridades do governo. O pedido de dinheiro teria sido feito em troca do apoio do governo na sua disputa com os fundos de pensão pelo controle da Brasil Telecom.

Pela versão de Dantas, apresentada à CCJ, Delúbio encontrou-se em Brasília com Rodenburg no início do governo Lula, ainda em 2003, numa suíte do hotel Blue Tree.

Mas ele negou que tenha colaborado com recursos para o PT. Delúbio disse que havia um problema de caixa de US$ 50 milhões. E perguntou se nós poderíamos resolver esse problema", relatou Dantas.

Segundo ele, Delúbio chegou a dizer para Rodenburg que poderia resolver "algumas dificuldades" que existiam entre a Brasil Telecom e o governo. Mas ele negou que nesse encontro tenha sido oferecida alguma vantagem.

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