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Especialistas em educação elogiam a iniciativa de escolas que se empenham para melhorar o formato de comemorações de determinadas datas, como o Dia dos Pais e o Dia das Mães. A mudança, entretanto, não pode significar a ausência do tema em sala de aula. "É preciso mudar para não excluir as crianças. O problema é que muitas escolas não conseguem resolver isso de uma maneira tranquila porque estão apegadas às velhas formas", afirma a psicopedagoga Isabel Parolin, especialista nas relações familiares.

A psicóloga Lídia Weber também defende que a escola não pode ignorar a data porque algumas crianças não têm mãe. "A criança sem mãe sente falta dela todos os dias. A solução é chamar a mãe para a escola neste dia, mas colocar no convite que, se ela não puder vir, que venha aquela pessoa que cuida da criança como se fosse filho", diz. Lídia sugere ainda trabalhar em sala de aula a adoção, permitindo que a criança adotada conte como foi ter uma nova família. "Ao invés de abolir, as escolas precisam fazer esta tarefa.

Flexibilidade

O horário marcado para as apresentações nas escolas nas datas comemorativas também gera muita contestação. A psicopedagoga Isabel Parolin lembrou de duas situações que aconteceram este ano: "Nos dois casos, as mães são presentes, adoram os filhos, mas não conseguiram ir nas apresentações porque estavam trabalhando. Uma tinha uma cirurgia no mesmo horário e a outra faz doutorado fora da cidade", diz. Este tipo de situação evidencia a necessidade de a escola também levar em conta que hoje pouquíssimas mães não estão inseridas no mercado de trabalho. "Por isso precisam permitir que outras pessoas da família participem, ou ainda, criar horários alternativos e elásticos para estes tipos de comemorações", conta Isabel. (PM)

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