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Páginas de Todo dia nunca é igual: leitura de Curitiba a partir de edições publicadas em 92 anos do jornal |
Páginas de Todo dia nunca é igual: leitura de Curitiba a partir de edições publicadas em 92 anos do jornal| Foto:
  • No iPad, Gazeta mantém o DNA do papel

No dia em que a Gazeta do Povo completa 92 anos, o passado e o futuro do jornal mais influente do Paraná vêm à tona com duas novidades. Nas próximas semanas, será lançado o livro Todo dia nunca é igual, dos jornalistas José Carlos Fernandes e Márcio Renato dos Santos, que traz uma leitura de Curitiba a partir das páginas do jornal no decorrer de nove décadas. Em conjunto, a Gazeta chega a uma nova plataforma digital – o iPad –, com um formato que une o conteúdo da versão impressa a recursos multimídia.

O jornal resgata seu passado com a narrativa de Todo dia nunca é igual. Por não se tratar de uma pesquisa histórica e para manter distância do que seria uma versão institucionalizada do percurso da Gazeta do Povo desde 1919, os autores optaram por fazer uma "leitura" de Curitiba e do Paraná tendo o jornal como fonte. "Escrevemos um livro para o leitor da Gazeta. Uma crônica de como o jornal é um grande testemunho da vida da cidade, sem a pretensão de esgotar qualquer assunto", conta Fernandes.

Diante de mais de 32,5 mil edições publicadas em 92 anos e analisadas em um ano e meio, Fernandes e Santos destacam fatos curiosos, engraçados e marcantes relatados por reportagens da Gazeta do Povo. Entre eles estão uma confusa greve dos padeiros de Curitiba, o nome esdrúxulo de uma miss e uma reforma viária que quase virou guerra na capital. Entretanto, os autores veem a compra do jornal por Francisco Cunha Pereira Filho e Edmundo Lemans­­ki, em 1962, como um marco importante para a forma como Curi­tiba passou a ser vista.

É a partir desse momento que a Gazeta supera um período decadente e de muitas dívidas para se tornar um meio de comunicação influente e em defesa de grandes campanhas paranistas, como a construção de estradas e de Itaipu. Junto a isso, o jornal passa a chamar a atenção do curitibano para a própria cidade, mostrando que ela reunia boas opções culturais e com uma vida social e política ativa, mas que também já enfrentava problemas de habitação e pobreza. "Era um misto de indignação e comoção com o que estava acontecendo", diz Fernandes.

iPad

Voltando o olhar para o futuro e para a integração de mídias, em breve, um aplicativo da Gazeta do Povo estará disponível na loja virtual da Apple para que o conteúdo do jornal também possa ser acessado pelo iPad, aparelho digital portátil lançado no fim de 2010 no Brasil. Uma nova versão da Gazeta foi desenvolvida para levar à plataforma as reportagens do impresso enriquecidas por recursos multimídia. "Enquanto no impresso é possível colocar uma foto, na versão para iPad podemos montar um slide show e colocar vídeo, áudio ou infográfico animado", explica o editor-executivo de Imagem, Marcos de Liz Tavares.

Simples de navegar, a nova versão da Gazeta mantém a hierarquia do noticiário diário, além de proporcionar maior interatividade com o leitor e possibilitar o acesso às últimas notícias publicadas no site do jornal. Entretanto, não é preciso estar conectado o tempo todo à internet. Depois de feito o download da edição do dia para o iPad, a leitura pode ser feita off-line. "Será uma versão mais intuitiva que mantém o projeto gráfico, o DNA, do jornal", completa Tavares.

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