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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Por decisão judicial, um menino de 10 anos teve autorização ontem para voltar a estudar em um colégio particular de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Desde 26 de outubro, o aluno da 4.ª série do Colégio Destaque estava proibido de entrar na instituição. O argumento, segundo a diretoria da escola, seria o mau comportamento do menino, que teria agredido um colega e desrespeitaria freqüentemente professores e funcionários.

Ontem, diante do oficial de Justiça, a escola liberou a entrada do aluno. A mãe tentou entrar junto, mas foi impedida, o que a levou a não deixá-lo na escola. "Eles disseram que só meu filho poderia entrar. Mas sou mãe, quero acompanhá-lo na escola", afirma Wanelli Meneghini Skovicz. Ela diz que no dia 26, ao chegar à instituição, o menino foi impedido de entrar e ficou sozinho na rua. Diante disso, ela procurou o Conselho Tutelar e deu queixa à polícia. "Eles deveriam ter tomado medidas pedagógicas e não impedir meu filho de estudar", comenta.

A escola, por sua vez, diz que já havia notificado os pais a respeito do comportamento do estudante. Segundo a direção, a decisão de transferi-lo compulsoriamente para outra escola ocorreu no dia 25. Neste dia, segundo o diretor-administrativo do Colégio Destaque, Assis Pereira, o garoto teria agredido um colega no peito com um pedaço de ferro da mala de rodinhas. "Primeiro ele criou pânico na turma ao bater na carteira. Depois, agrediu o colega", alega.

Pereira afirma ainda que o aluno constantemente desrespeita professores com palavrões, se nega a desligar aparelhos eletrônicos durante as aulas e quebra equipamentos de colegas. "Como o menino não prezava pelos bons costumes e até colocava os colegas em risco, a escola não hesitou em tomar uma atitude firme."

Assis Pereira registrou boletim de ocorrência contra a mãe. Segundo ele, Wanelli invadiu a escola, agrediu uma funcionária e desrespeitou uma professora. Wanelli nega a acusação. De acordo com o diretor-administrativo, pais de outros alunos chegaram a dizer que tirariam os filhos da escola se o menino continuasse no colégio. Três mães confirmam a informação. Márcia Stoppa diz que seu filho foi agredido e é constantemente provocado. "Esse menino atrapalha as aulas. Ele diz que não quer assistir à aula e não tem quem segure."

Conselho

O Conselho Tutelar de Pinhais defende que o aluno prossiga na escola até o fim do ano letivo. "Falta apenas um mês e ele não conseguiria em tão pouco tempo se adaptar em outra escola", argumenta o conselheiro tutelar Geovan Silva. Depois do fim do ano, a escola poderia se manifestar contra sua permanência.

O conselheiro também critica a postura do colégio, que, conforme o próprio diretor-administrativo afirmou, recomendou verbalmente à mãe uma avaliação psicológica. "A escola deveria ter encaminhado o aluno para essa avaliação", ressalta Silva.

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