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Padre Reginaldo Manzotti: luz é símbolo do Natal porque Jesus veio para iluminar o mundo | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
Padre Reginaldo Manzotti: luz é símbolo do Natal porque Jesus veio para iluminar o mundo| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Programação

Confira os principais eventos religiosos do Natal em Curitiba:

Catedral Basílica (Praça Tiradentes)

> 19/12 – Missa presidida por dom Moacyr Vitti e concelebrada pelo padre Reginaldo Manzotti às 18h30 (haverá adoração às 17h30 e show às 20 horas). Solicita-se a doação de 1 quilo de alimento não perecível e que os fiéis levem uma vela.

> 24/12 – Missa do Galo às 20 horas.

> 25/12 – Missas às 8h30, 10 e 18 horas.

Igreja do Senhor Bom Jesus (Praça Rui Barbosa)

> até 20/12 – Exposição de presépios no salão paroquial, todos os dias, das 9 horas às 19h30.

> 25/12 – Missas às 8, 11, 17h15 e 19 horas.

Santuário N. Sra. do Perpétuo Socorro (Alto da Glória)

> até 6/1 – Exposição do presépio com peças em tamanho real, no Centro Comunitário Santo Afonso, das 8 às 22 horas.

> 24/12 – Missa com bênção da saúde às 12 horas, e Missa de Natal às 19h30.

> 25/12 – Missas às 8h30, 10h30, 12 e 19 horas.

Primeira Igreja Batista (Rua Bento Viana, 1.200)

> 21, 22, 23 e 25/12 – Nataleluia 2009, às 20h30. Ingresso: 2 quilos de alimentos não perecíveis que devem ser trocados na igreja em horário comercial.

  • Confira os últimos dias da programação de Natal

Nos dias que antecedem o Natal, ruas e lojas ficam cheias, presentes são comprados para toda a família e em quase todas as casas há uma árvore enfeitada com luzes. Mas, além de ser um espaço de confraternização e compras, a festa nasceu com um sentido espiritual, afinal recorda o nascimento de Jesus. Cada detalhe presente nas cerimônias natalinas é especial para a religião cristã. Itens como guirlandas, sinos e presépios não são somente objetos, mas representam uma ligação com o místico. O desafio para os religiosos é manter viva a tradição cristã da festa.

Itens que enfeitam as casas nessa época do ano são uma alusão ao nascimento e à vida de Jesus. O pinheiro costuma ser escolhido como árvore de Natal em função da capacidade de adaptação ao inverno e ao verão. "Ele não morre nunca. Em todas as estações está sempre verde. Por isso representa a esperança", diz o padre Reginaldo Manzotti. Outro símbolo caraterístico são as luzes que enfeitam a parte exterior das casas. "Jesus veio iluminar o mundo que estava nas trevas. Isso é muito significativo para os cristãos. Quando se colocam luzes para enfeitar a casa, o sentido não é só o da beleza, mas sim de que Deus está chegando", afirma o padre redentorista Joa­­quim Parron.

As guirlandas, que geralmente enfeitam as portas, são em formato de círculo porque ele não tem início e fim, é infinito. O padre Reginaldo Manzotti diz que as cores mais usadas no Natal são o vermelho, o verde e o dourado porque estas representam, respectivamente, a realeza, a esperança e a divindade. Ele também explica que as bolas que enfeitam as árvores eram no início feitas de papel, e nelas eram escritos os desejos para o ano seguinte. As estrelas e os sinos representam, segundo o padre Parron, um guia, já que foram estes itens que guiaram os reis magos até a manjedoura de Jesus.

Para os espíritas, o nascimento de Jesus é o evento mais importante da doutrina. No entanto, eles consideram secundários os itens que geralmente compõem a tradição natalina. "O essencial é a dimensão espiritual. O Natal deve ser celebrado não no externo, mas no interno", diz o conselheiro da Federação Espírita do Paraná Daniel Dallagnol.

O pastor da Primeira Igreja Batista Igor Baumann afirma que um dos maiores desafios da igreja é lembrar a espiritualidade da festa para os fiéis. "Acima do presente, precisamos estreitar vínculos. Isso não pode ser trocado por um bem material", afirma. O pastor Hilário Batista da Silva Junior, capelão da Faculdade Evangélica, diz que a festa é importante porque é o cumprimento de uma promessa de Deus. "É uma data para que a cada dia Jesus renasça em nossos corações", lembra.

Origem pagã

O diretor do curso de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, César Kuzma, explica que as origens do Natal remetem a uma festa pagã do Império Roma­­no, que cultuava o sol no dia 25 de dezembro. A Igreja, logo nos primeiros séculos de existência, cristianizou a data e passou a comemorá-la como o nascimento de Jesus. "O que passou a ser celebrado é o Deus que vem ao encontro do ser humano", diz.

Kuzma afirma que, com o passar do tempo, aspectos culturais de povos que passaram a seguir o cristianismo foram incorporados. Um exemplo são os pinheiros, característicos da cultura eslava. "Aqui no Brasil, por exemplo, nossa festa deveria ser diferente, mas absorvemos estes aspectos das culturas do Hemisfério Norte", analisa.

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