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Rio – A juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6.ª Vara Federal Criminal, decretou ontem novamente a prisão de 15 dos envolvidos nas Operações Furacão 1 e 2, ocorridas em abril e junho deste ano. Por conta disto, os banqueiros de bicho Ailton Guimarães Jorge, o capitão Guimarães, Aniz Abrahão David, o Anísio da Beija Flor, e Antônio Petrus Kallil, o Turcão, apontados pelo Ministério Público Federal como os chefes da organização criminosa que explora bingos, caça-níqueis e o jogo do bicho no Rio, voltaram a ser presos.

Na denúncia os bicheiros, os donos de bingos e de máquinas de caça-níqueis estão sendo acusados de lavagem de dinheiro. Os procuradores Marcelo Freire, Fabio de Lucca Seghese e Orlando Monteiro da Cunha entendem que os R$ 5,2 milhões encontrados em um apartamento no bairro da Tijuca, onde funcionava o escritório de Julio César Sobreira Guimarães, sobrinho do Capitão Guimarães, são de origem ilícita.

Os bicheiros haviam sido presos na Operação Furacão 1 em abril e foram libertados graças a hábeas-corpus assinado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), no início de agosto. Ontem, também foi preso o filho de Turcão, Marcelo Calil Petrus, que ficou foragido nas primeiras etapas da operação.

Com a denúncia acatada pela juíza, já são 12 processos abertos contra 76 pessoas apenas na Justiça Federal do Rio. No STF há uma denúncia contra seis acusados, entre eles o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Medina, e os desembargadores federais José Eduardo Carreira Alvim e José Ricardo de Siqueira Regueira, do Tribunal Regional Federal do Rio, além do juiz do TRT de Campinas, Ernesto da Luz Pinto Dória.

A tese defendida nesta nova denúncia é de que o dinheiro veio do jogo feito em máquinas que utilizam componentes contrabandeados, portanto, trata-se de dinheiro conseguido por meio ilegal. A utilização dele para pagamentos, inclusive de propinas a policiais e políticos, no entendimento dos procuradores configura o crime de lavagem de dinheiro. Até a tarde de ontem, três dos 15 acusados ainda não haviam sido presos: Licínio, Laurentino e Paulo Lino.

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