Londrina
O prefeito de Londrina, Alexandre Lopes Kireeff, sancionou há um mês uma lei que agiliza a aprovação de projetos arquitetônicos e a concessão de alvarás para construções de pequeno porte. A intenção é desburocratizar o processo para residências comuns e geminadas, com área total construída de até 100 metros quadrados 60% das alvarás em análise na Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação se enquadram nesta categoria. Segundo a prefeitura, a meta é reduzir o tempo de espera dos processos de sete meses para 15 dias.
O prefeito Gustavo Fruet assinou ontem um decreto que, ao abrir mão de análises mais minuciosas dos projetos apresentados para a construção de imóveis, pretende agilizar a emissão de alvarás em Curitiba. O documento estabelece o novo Regulamento de Edificações do Município e prevê que os próprios arquitetos e engenheiros das obras se tornem os reais responsáveis por garantir o cumprimento das normas técnicas e da legislação exigida para novos empreendimentos.
A agilidade na emissão de alvarás é uma demanda antiga de empresários da construção civil. Dependendo da obra, os documentos podiam levar de um mês a um ano para serem liberados pela Secretaria de Urbanismo, devido à quantidade de análises e correções feitas pelos técnicos prazo que, em média, deve ser reduzido à metade, com a primeira análise já reenviada ao construtor em dez dias. A prefeitura reconhece que a demora, em algumas ocasiões, estava levando a distorções, como a liberação do alvará de construção quando as obras já estavam no fim.
A partir do novo decreto, a Secretaria de Urbanismo deixa de fazer correções pontuais de projetos e analisará somente os "aspectos urbanísticos relevantes" que possam interferir no meio urbano, como a adequação ao zoneamento da região e os efeitos no sistema viário. Fiscalizações nas obras continuarão a ser feitas pelos técnicos municipais. A pasta e as entidades representativas neste caso, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PR) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo também prometem aumentar o rigor para fiscalizar eventuais profissionais que não obedecerem aos parâmetros exigidos.
"A grande maioria dos profissionais vai fazer tudo adequadamente, atendendo ao cliente e as normas da prefeitura. Caso algum deles não tenha uma conduta adequada, a prefeitura vai comunicar o conselho profissional para que esta pessoa preste informações ao conselho e receba as sanções legais, se necessário", afirma o presidente do Crea-PR e secretário municipal de Trânsito, Joel Krüger.
Durante a assinatura do documento, o prefeito Gustavo Fruet disse que o novo posicionamento é uma maneira de compartilhar responsabilidades, numa "relação de confiança" entre a prefeitura, arquitetos e engenheiros. "Os maus profissionais acabavam utilizando a prefeitura como um consultor para os projetos. Essa nova postura é válida porque nós contratamos profissionais no mercado e queremos que eles sejam inteiramente responsáveis pelos seus projetos", defende o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), Gustavo Selig.
-
Por que casos de censura do Brasil entraram no radar da política dos EUA
-
Ato de Bolsonaro encorpa “onda Musk” no embate sobre liberdade de expressão com STF
-
Produtor brasileiro luta para descriminalizar armazenamento de água para agricultura
-
Governo federal promete portaria que afeta possível renovação de concessão de ferrovia no Paraná
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
Deixe sua opinião