Representantes da Defensoria Pública da União se reuniram no final da tarde desta quinta-feira (7) com os líderes de índios que estão acampados em frente à sede da Coordenação Regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), na Rua Bento Freitas, no Centro de São Paulo. Do encontro, ficou marcado uma nova reunião, desta vez com a presença de representantes da Funasa e do Ministério Público Federal, para as 14h desta sexta-feira na sede da Defensoria, na Rua da Consolação.
A preocupação dos defensores é em relação às condições que os índios se encontram no protesto diante da sede da Funasa em São Paulo. "O acesso ao banheiro (do prédio da Funasa) está restrito, não tem cobertores e nem alojamentos. Vamos conversar e tentar resolver esta situação, depois trataremos das reivindicações deles (dos índios)", disse o defensor João Paulo Dorini, depois de conversar com os representantes das aldeias indígenas.
O defensor reconheceu, no entanto, que a principal reivindicação dos índios, a demissão do coordenador chefe de São Paulo da Funasa, Raze Rezek, não poderá ser contemplada já na reunião. "Não temos como obrigar ou pedir juridicamente que alguém seja afastado. Faremos apenas uma intermediação", admitiu Dorini. Os índios afirmam que só deixarão o acampamento em frente à sede da Funasa tão logo seja anunciada a saída de Rezek do cargo.
Os líderes do movimento pediram apoio ao Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo. A solicitação foi aceita e, na noite desta quinta-feira, receberam 150 cobertores, além de sapatos e água.
