Um dos dois advogados da brasileira Simone Moreira, de 23 anos, disse nesta quinta (10) que entrará com um pedido de habeas-corpus até o dia 26 deste mês. Simone foi detida no dia 5, três dias após sua filha de dois anos e meio, Giuliana Favaro, ter morrido afogada no rio Monticano, na cidade de Oderzo, região do Vêneto (Nordeste da Itália).

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"Estamos avaliando todos os dados ao nosso favor. Entraremos com um pedido no Tribunal de Veneza pedindo a libertação de Simone até o dia 26 de setembro, prazo final para apresentar o recurso" disse em entrevista por telefone à Agência Estado o advogado Alvise Tommaseo Ponzetta, que tem escritório em Treviso e defende Simone. Ela também é defendida pelo advogado Antonio Forza, um criminalista de Veneza.

Ponzetta disse que hoje Simone receberá a visita de um funcionário do Consulado do Brasil em Milão. Ela está detida numa penitenciária em Belluno, uma província nos Alpes. "Simone não está bem. Ela está muito abalada e está tomando calmantes na prisão", contou Ponzetta.

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Simone foi casada com o italiano Michele Favaro, pai de Giuliana. Ambos viviam na cidade de Ponte di Piave, próxima a Oderzo, onde a pequena Giuliana morreu afogada. Simone tem dupla cidadania (brasileira e italiana).

Simone foi detida sob a acusação de homicídio doloso voluntário. Segundo a polícia, ela teria jogado a menina no rio, de onde a pequena foi retirada duas horas depois, mas morreu antes de chegar ao hospital. A autópsia no corpo indica que Giuliana morreu afogada. As duas teriam ido de Ponte di Piave a Oderzo tomar um sorvete na noite do dia 2 de setembro, quando, segundo a versão de Simone, Giuliana teria caído no rio, em um momento de distração. A polícia italiana aponta contradições nos depoimentos de Simone e ordenou sua detenção sob a acusação de homicídio doloso.

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