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A defesa do goleiro Bruno Fernandes oficializou nesta sexta-feira (8) ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais o recurso contra o resultado do julgamento que condenou seu cliente a uma pena de 22,3 anos de prisão, das quais 17,6 anos em regime fechado. Como havia dito após a juíza Marixa Rodrigues anunciar a sentença, o advogado Lúcio Adolfo pretende apresentar as justificativas posteriormente.

O defensor chegou a dizer a alguns jornalistas que teria feito um acordo com a juíza para que houvesse um alívio na pena do jogador, o que não foi confirmado por ela. O acordo, na verdade, teria sido uma conversa antes do início da última etapa do julgamento - os debates - para que Bruno admitisse ter conhecimento de que Eliza Samudio seria assassinada.

Foi por isso, segundo o defensor, que o goleiro pediu a palavra e respondeu a uma única pergunta, feita por Adolfo, que era se ele sabia do crime antes de sua consumação. "Sabia e imaginava. Pelas agressões constantes, pelo fato de eu ter entregado para o Macarrão do dinheiro. As agressões do Macarrão", afirmou, negando-se em seguida a responder qualquer outra questão.

Para a juíza, no entanto, foi pouco. Em sua sentença, ela reconhece que Bruno "prestou esclarecimentos, identificando o executor do homicídio". "Hoje, o réu, pediu para ser novamente ouvido, oportunidade em que reconheceu que sabia que a vítima Eliza Samudio iria morrer (...) Data vênia, mas essa lacônica confissão não merece a mesma redução concedida ao corréu Luiz Henrique Ferreira Romão, no julgamento passado como quer a defesa", afirmou Marixa, que acabou amenizando a pena do goleiro em três anos, enquanto a de Macarrão foi reduzida em pouco mais de cinco anos.

Procurados pela reportagem na noite desta sexta-feira, os defensores de Bruno Lúcio Adolfo e Tiago Lenoir não retornaram. A pena de 22,3 anos também não agradou à mãe de Eliza, nem ao promotor Henry Wagner Vasconcelos, que já afirmaram que vão recorrer para que seja aumentada.

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